A arte do espetáculo é inspirada na categoria político-cultural de amefricanidade, que foi definida pela antropóloga, filósofa e historiadora Lélia Gonzalez. Dessa forma, Relatos Amefricanos, tem a missão de transportar para a tela e os palcos, um conceito antropológico.
A apresentação estará disponível a partir do dia 20 de novembro em formato online e com acesso gratuito no canal do espetáculo, neste link. A peça também busca aproximar nacionalidades, como o Brasil e Peru. As duas realidades latino-americanas se cruzam pela concepção amefricana que está na base do espetáculo.
Lélia Gonzalez e a poetisa e coreógrafa peruana Victoria Santa Cruz são as principais referências do projeto. “A América foi o principal destino da maioria dos seres humanos sequestrados do continente africano, para serem escravizados. A categoria de amefricanidade traduz tanto as agruras da diáspora negra, quanto os transbordamentos de África na América e é isso que queremos dançar”, contam os criadores Gustavo Fataki e Maycom Santiago.
“Se trata de enegrecer a temática e a técnica, a partir de uma proposta cujo ponto central é a categoria político-cultural de amefricanidade e aquilo que somos capazes de anunciar, como sujeitos epistêmicos que dançam”.
O elenco é composto pelos bailarinos intérpretes-criadores Quiara Jofre, Diogo de Carvalho, Poliana Nunes e José Liberato. Completam a ficha técnica, o músico Julio Rhazec na trilha sonora, Rachid Severino no desenho de luz, João dos Reis como figurinista e Andrei Gonçalves na produção.
Lélia Gonzalez e a Amefricanidade
Lélia percebeu as similaridades dos povos pretos que viviam na América, tanto no quesito cultural quanto na história de luta.
No documentário abaixo, o conceito é explicado junto com a história de Lélia Gonzalez.
Roger Cipó fará parte da bancada do Roda Viva
Informações : “Relatos Amefricanos”
Apresentações de 20 de novembro a 05 de dezembro Sextas e sábados às 20h Domingos às 18h. Para saber mais acompanhe o Instagram (@relatos.amefricanos)