Semana passada, foi ao ar o episódio de “Mano a Mano” em que Mano Brown entrevistou Lula. Nessa conversa, Lula mais de uma vez dá a entender que não se fazem Lulas e Mano Browns com frequência. Mano discorda e diz que já existem e até melhores. No rap, por exemplo, são muitos os nomes que representam (quem sou eu pra dizer melhores, né). Acho que é seguro dizer que um deles é o Emicida. Já o Emicida, por sua vez, em entrevista ao PodPah, relembrou os tempos em que esperava por horas para encontrar com KL Jay no centro de São Paulo só pra tocar sua mão e mandar alguma coisa tipo um “da hora, mano?” Um ídolo é um ídolo, né, mores? Por isso, é com muita alegria que viemos falar sobre “Na Batida (Vol. 3)”, disco com um compilado de artistas com os clássicos do rap nacional.
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Na Batida
O primeiro volume de “Na Batida” saiu há 20 anos. O mundo era outro rolê. O presidente brasileiro era Fernando Henrique Cardoso. Já nos Estados Unidos, era o republicano George W. Bush. Além disso, o ano de 2001 foi marcado pelo ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque e por importantes perdas na cultura, como a morte de Jorge Amado, Milton Santos, Cássia Eller, Marcelo Fromer, George Harrison e Aaliyah.
Já o segundo volume saiu em 2018 com várias participações especiais. O intervalo entre o segundo e o terceiro foi bem menor, mas num momento bastante simbólico também, das condições da pandemia ao momento político.
Participações
Bom, vou começar dizendo que senti falta das mulheres nas participações? Vou. A faixa “Mente Engatilhada” tem a participação de Dina Di e, claro, as faixas com o RZO têm a participação da Negra Li. E, pelo que pude perceber, é só.
Ainda assim, o selo de KL Jay, o KL Música, já tem o histórico de apoiar novos artistas. E a ideia do disco era carregar as histórias e as lembranças dos clássicos do rap nacional. Nesse sentido, vale dizer que o disco tem participações pesadas. Para citar algumas: Mano Brown, Eddie Rock, Xis, SNJ, MV Bill.
Além do histórico que já o consagra como a grande referência no rap nacional tanto como coletivo quanto por sua carreira individual, KL Jay segue fazendo o que ama: música. Em seu canal no YouTube, também compartilha produções em série com outros brabos do rap.