Diddy mudou de nome outra vez e isso meio que já nem é mais novidade, né. Mas essa é uma prática relativamente comum entre pessoas negras. Malcom X, por exemplo, adotou o “X” por se recusar a usar o nome de escravizado que lhe foi atribuído, afinal, perdemos nossos verdadeiros sobrenomes como um dos legados da escravidão. Por aqui, isso também tem sido visto como um ato de resistência: Tago Elewa, por exemplo, que está sempre no nutrindo com ditados de diferentes culturas do continente africano, não compartilha seu nome de registro nas redes sociais.
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De Diddy para Love (ou “Brother Love”)
Mas o caso de Diddy é diferente, pelo menos desta vez. Ele fez a alteração legal. Ele compartilhou em suas redes sociais que seus documentos foram alterados.
No Brasil, a Legislação permite que a alteração de nomes aconteça, somente em casos de exceção e a pessoa interessada precisa provar sua motivação (Lei 6.015/73, Artigo 57). E, mesmo sabendo que dificilmente a lei está do nosso lado (e, quando está, é por muita luta dos movimentos sociais), temos casos por aqui também. O, entre outras coisas, rapper Parteum é um deles.
Quanto a Love (antigo Diddy), ele já teve outros nomes: Puffy, Diddy, Puff Daddy. Mas ele diz: “Não sou mais quem era antes.” Por isso, ele anunciou que agora só atende pelos nomes “Love” ou “Brother Love”.