Até o dia 10 de Setembro, a Refazenda Rio Xopotó promove sua 1ª Residência Artística. O projeto une artistas pretas e indígenas, emergentes e dissidentes para pensar sobre o futuro.
Como produtoras, Patrícia Durães e Aniké Pellegrini buscam a liberdade de criação coletiva por meio do contato com a natureza.
“Sabemos que residências artísticas acontecem em territórios internacionais mas que não são sempre acessíveis. Poder proporcionar tempo, espaço e recursos a artistas novas foi a nossa grande motivação! Esse é um projeto pensado por mulheres negras para fomentar o pensamento artístico e criativo”, comenta Patrícia Durães.
A curadoria das artistas ficou aos cuidados de Bárbara Alves, fundadora do Descolonizarte. Além disso, o projeto oferece ajuda de custo, alimentação orgânica e passeios para reconhecimento do território da região. Alguns exemplos são trilhas, cachoeiras, apresentação dos produtores agrícolas locais, visitas às cidades da região e uma imersão na Semana Criativa de Tiradentes.
Thayná Paulino é a cozinheira convidada para a temporada, responsável pela alimentação das artistas e equipe. Isso porque a gastronomia também é um valor de propósito para a ação.
Eventualmente, as produtoras pretendem transformar a Residência Artística em um projeto anual na Refazenda. “Tirar um projeto como esse do campo das ideias, levá-lo ao papel, captar recursos e torná-lo realidade tem sido uma experiência muito forte de construção de algo que acreditamos ainda não existir no Brasil,“ afirma Patrícia Durães.
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Artistas na Residência Artística
Por enquanto são cinco artistas selecionas. Conheça as participantes da primeira edição:
Luana Carvalho: Conhecida como Lua, 23 anos. É artista independente na cidade de Rio Bonito. Seu trabalho se caracteriza pela junção do visual com a poesia, tendo a colagem como extensão da palavra.
Mayara Amaral: Artista multidisciplinar, residente da zona leste de São Paulo. Em seu trabalho explora a feminilidade negra e corpos de variadas formas.
Mayara Smith: Em suas obras aborda temas que falam de suas vivências enquanto mulher e negra na sociedade. É multiartista e transita em diversas linguagens como aquarela, digital, colagem, pintura, ilustração e publicações independentes.
Natali Mamani: Descendente indígena Aymara, imigrante boliviana vivendo em São Paulo. A artista faz experimentações em videoarte, filme ensaio e performance. Além disso, traz em seus trabalhos a glitch art, colagem de vídeos.
Tania Sahire: Boliviana vivendo em São Paulo, graduanda em Artes Visuais na UNICAMP. Contudo, faz parte do Projeto Produção de Exposições na Galeria do Instituto de Artes da UNICAMP, do coletivo Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas e do coletivo artístico Centopeia.
