Roger Deff chegou mais uma vez com tudo. Seu novo álbum, “Pra Romper Fronteiras”, é uma ligação íntima entre o passado e o futuro do hip hop. Podemos definir esse trabalho como o fruto de um legado, afinal, o rap é muito mais que um estilo musical, é uma forma de viver.
O disco conta com oito faixas e foi produzido por Sérgio Giffoni, antigo parceiro de
Deff no grupo Julgamento, e Fernando Macaco. Participam do álbum Sérgio Pererê,
Michelle Oliveira e os DJs Flávio Machado e Hamilton Júnior. Todas as faixas do novo disco foram gravadas no período da pandemia.
“Gravei todas as vozes da minha casa, com os recursos que tenho, e enviei para o estúdio para que Giffoni e Fernando produzissem. Foi a primeira vez que fiz um trabalho inteiro assim”, relata Deff.
O lançamento já está disponível nas plataformas de streaming digital como YouTube e Spotify.
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O que é preciso ‘Pra romper fronteiras?’
O rompimento nem sempre é algo ruim. Romper os padrões pode significar uma conquista. Para Roger, romper é continuar fazendo arte, mesmo quando o mundo parece trabalhar contra. Carregar o peso de mudar vidas por meio da música é um fardo pesado, mas que compensa. O hip hop é uma cultura que estabelece pontes que e rompe os paradigmas.
Dessa forma, transforma os jovens negros e periféricos em protagonistas de suas próprias histórias, influencia o poder do coletivo, é realmente um legado. Esse conceito faz o álbum se diferenciar e está presente até na produção da capa. As artes são do grafiteiro e ilustrador Binho Barreto. O artista traduziu nas capas as mensagens dos singles, com inspirações nas HQ’s de Robert Crumb e do rap produzido na década de 90 por ícones domo Public Enemy e DelaSoul.
Além disso, a sonoridade das músicas também trazem a estética dos anos noventa, com jazz e o soul.
Confira “É Pra Ser”, uma das faixas do álbum, gravada com Michelle Oliveira.