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terça-feira, 03 outubro 2023
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Cacau Protásio é vítima de racismo e gordofobia

Durante a gravação de uma cena do filme “Juntos e Enrolados”, no Quartel-Central do Corpo de Bombeiros, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (26), Cacau Protásio foi vítima de racismo e gordofobia.

Em áudios divulgados pelo colunista Léo Dias, é possível ouvir bombeiros racistas, gordofóbicos e homofóbicos: “Vergonhoso. Mete aquela gorda, preta, numa farda de bombeiro, uma bucha de canhão daquela, com um monte de bailarino viado, quebrando até o chão. Vão achar que é o que? Bombeiro? Aquilo é tudo viado. Lamentável.”

Lamentável mesmo é ouvir esse tipo de manifestação preconceituosa e criminosa, principalmente vindo de profissionais responsáveis por salvar vidas.

Nas redes sociais, Cacau reagiu: “Um bombeiro fez vídeo de uma cena solta e espalhou, me chamando de negra, gorda, filha da puta. Não entendi porque tanto ódio. Eu sou negra, sou gorda, sou brasileira, sou atriz. Não mereço ser agredida assim, como nenhuma pessoa”, disse a atriz em vídeo.

Depois do ocorrido, o Corpo de Bombeiros emitiu uma nota: “O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informa que não compactua com qualquer ato discriminatório. A corporação se solidariza com a atriz Cacau Protásio e já abriu procedimento interno para identificar o(s) militar(es) e apurar a conduta.”

Cacau Protásio é uma talentosa atriz e humorista negra, com quase 20 anos de carreira e representatividade. O racismo é inadmissível e os responsáveis devem ser afastados de suas responsabilidades, mesmo porque não é possível confiar que salvarão vidas negras, gordas e LGBTQI+, quando necessário.

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