Não é novidade que o racismo está em todos espaços, inclusive no futebol. Ainda assim, casos como o de Taison, que reagiu aos comentários racistas da torcida adversária mostrando o dedo do meio e foi expulso, trazem à tona o quanto esperam o silêncio das vítimas.
O preconceito contra Taison e Dentinho aconteceu no último domingo pelo campeonato ucraniano. Depois de expulso, Taison deixou o campo chorando por mais um episódio de racismo.
E o caso poderia facilmente ser atribuído a questões históricas – e ainda assim preconceituosas – da Ucrânia, mas a verdade é que episódios como este acontecem em todo o mundo.
É lamentável pensar que jogadores que comem a banana atirada em campo com o mote de “somos todos macacos” são aclamados, enquanto outros que resistem e reagem ao racismo recebem cartão vermelho.
Um levantamento do GloboEsporte.com, que ouviu por seis meses atletas e treinadores negros de 60 clubes das Séries A, B e C, aponta que 48,1% destes profissionais já foram vítimas de racismo no futebol.
E o cartão vermelho? Fica na conta de quem reage. Enquanto os racistas continuam celebrando a negligência e irresponsabilidade de um dos maiores espetáculos mundiais, o futebol.