No dia 09 de junho, um sábado, por volta das 14 horas, Marcelo Dias participava dos preparativos para realização de um bingo beneficente que aconteceria no dia seguinte. Foi quando o presidente da ONG Novos Herdeiros observou duas pessoas correndo e, em seguida, a Polícia passando em duas motos. Diante do acontecido, desceu do carro em que estava – de propriedade de sua irmã e emprestado para as atividades da ONG – e se deparou com uma sacola jogada próximo ao seu carro.
Como identificou a movimentação suspeita minutos antes, Marcelo, também membro da Soka Gakai Internacional (organização filiada à ONU), retornou para o carro que dirigia e se locomovia em direção à ONG que preside e que fica próxima ao local do fato. Poucos minutos depois o homem negro foi parado pelos mesmos dois policiais que passaram pela rua seguindo os dois suspeitos.
Os policiais solicitaram que Marcelo descesse do carro, já atribuindo a sacola sem dono com 3 quilos de drogas ao morador da Vila Brasilina, trabalhador registrado e educador físico. Nesse momento, o homem negro teve voz de prisão decretada e acusado de tráfico de drogas e formação de quadrilha. Indignado, o educador chamou seu companheiro e testemunha para filmar a atuação policial, mas ainda assim foi levado à Delegacia.
De acordo com familiares, o rapaz foi agredido e no dia seguinte julgado como culpado além de ter a prisão ratificada por tráfico de drogas e formação de quadrilha. Marcelo Dias está agora no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros respondendo por um crime que não cometeu, simplesmente pela cor da sua pele. O presidente da ONG Novos Herdeiros dedica sua vida ao esporte para justamente tirar e evitar que crianças se envolvam com as drogas e nesse momento está detido injustamente.
Liberdade para Marcelo Dias!