fbpx
19.5 C
São Paulo
terça-feira, 03 outubro 2023
HomeAgendaVisões Urbanas retorna aos espaços públicos com muita dança

Visões Urbanas retorna aos espaços públicos com muita dança

Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas reúne companhias brasileiras e estrangeiras em intervenções coreográficas, oficinas, sessões de videodança e exposição de fotos, em seis espaços da cidade de São Paulo e, ainda, no Sesc Campinas, que recebe a Extensão Interior desta edição.

Depois de duas edições virtuais, por conta do necessário distanciamento social imposto pela pandemia de Covid 19, o 15º Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, concebido e realizado pelos artistas Ederson Lopes e Mirtes Calheiros, da Cia Artesãos do Corpo, retorna, de 29 de abril a 15 de maio, aos espaços públicos e abertos da cidade de São Paulo, com ações presenciais no Centro de Referência da Dança – CRDSP, no Vale do Anhangabaú, na Casa das Rosas, Oficina Cultural Oswald Andrade, Sesc Santo Amaro, Parque da Água Branca, e ainda no Sesc Campinas, que acolhe a sua versão “Extensão Interior”.

Teatro do Incêndio realiza última roda de conversa sobre carnaval

Além de 22 performances, de artistas ou companhias de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Uruguai e Colômbia, o festival traz a exposição de fotos do bailarino e coreógrafo Luis Arrieta, no ano em que comemora seus 50 anos na dança, oficinas presenciais e on-line e ainda a realização de mais uma mostra internacional de videodança “InShadow”, em parceria com a VoArte, de Lisboa.

A abertura, no Centro de Referência da Dança, acontece na sexta, 29 de abril, às 18h, com a exposição “Luis Arrieta Dançando na Cidade”, em uma seleção expressiva de imagens do bailarino e coreógrafo que participou de diversas edições do festival, em diferentes espaços públicos e paisagens urbanas da cidade, clicadas pelo fotógrafo Fabio Pazzini.

Na sequência, cinco performances, começando por “Borderline”, do próprio Arrieta, um encontro com o espaço e o tempo, que o artista teve há 50 anos, e o abduziu para o mundo da dança. Depois vem “Fio do Meio, ato nº 2 – a travessia desacreditada do esbarrão”, da carioca Cia Gente, um estudo coreográfico sobre o esbarrão, ação que faz mover o corpo a partir do desequilíbrio, mas que, com a pandemia de Covid-19, se fez mais tímido, frente ao medo dos corpos se tocarem. A Cia Flex de Dança, de Trairi, cidade do litoral cearence, entra com “O Peso do Meu Coração”, solo de Thiago Soares, inspirado no estudo das filosofias budista e yogue acerca do conceito de apego e desapego. “Elo” é a proposição poética da T.F. Cia de Dança em busca de uma nova perspectiva da cidade num diálogo entre o corpo, a arquitetura e o público. A última criação da noite é “Pauza”, do uruguaio Christian Moyano, que propõe novas estratégias para o mover, depois de um período de imobilidade imposta.

A primeira oficina presencial acontece na manhã do sábado, dia 30 (11h). Em “O Anarquitetônico – Dançando a Cidade Inacabada”, Paulo Emílio Azevedo, da Cia Gente, propõe uma série de dinâmicas conectando corpo e cidade, texto e arquitetura, na ressignificação de espaços em diálogo com outros territórios afetivos e estéticos. As inscrições devem ser feitas com antecedência clicando aqui. Entre 15h e 17h, no CRD, rolam três espetáculos em sequência: “Labirinto”, do coletivo Pogobolers, de Belo Horizonte (MG), performance em que um trio de bailarinos flutua sobre monociclos elétricos dançando com o desequilíbrio, num diálogo entre dança, mobilidade e arquitetura urbana; Luis Arrieta volta com seu “Borderline”; e o colombiano Maikol Sánchez dança “Rosmary y Yo”, inspirada no conto “Infecção”, do escritor colombiano Andrés Caicedo, que evidencia a angústia e a nostalgia de seres solitários em tempos de intimidade altamente exposta.

O domingo (dia 1/05) começa às 11h, com o Urbaninhas, programação do Festival dedicada ao público infantil, que rola na Casa das Rosas. Serão três trabalhos: “Com as Coisas – uma re-invenção para o espaço presencial”, performance do Lagartixa na Janela que tem ignição na anterior “Sobre as Coisas”, criada durante a pandemia no formato virtual, e faz uso dos objetos como dispositivo do imaginário para acionar e ativar corporalidades, paisagens e relações. Com “Revoada”, dança-teatro nascida do vento, o Coletivo Corpo Aberto reúne corpos-pássaros que se deslocam e realizam aprendizados de vôo; e a Cia Artesãos do Corpo traz o universo poético e as personagens divertidas e instigantes do ator e cineasta francês Jacques Tati, em “Senhor Tati”.

Na parte da tarde (das 15h30 às 16h30), outros dois espetáculos também ocupam a Casa das Rosas: “Yersinia”, de Samira Marana, que remete à bactéria causadora da peste bubônica para falar da desumanização diante da pandemia que enfrentamos hoje; e “SCinestesia – do Espaço do Corpo ao Corpo do Espaço”,  com a Companhia de Dança de Diadema, que estabelece uma metáfora entre espaço físico e espaço interior, revelando reflexões muito particulares influenciadas pela arquitetura do espaço onde as cenas acontecem.

Nas duas segundas-feiras consecutivas (dias 2 e 9/5), acontecem as oficinas online, via plataforma Zoom. No dia 2, às 14h, o mestre Toshi Tanaka, professor de Do-ho e Seitai-ho, orienta a “Performance Fugaku”; e no dia 9, às 10h, o cineasta português Pedro Senna Nunes ministra “Panorama Atual da Videodança”. Ambas têm inscrições antecipadas clicando aqui e aqui, respectivamente.

A Mostra Internacional de Videodança, com a exibição das criações premiadas no InShadow, festival conduzido pelo cineasta português Pedro Senna Nunes e pela coreógrafa Ana Rita Barata, que acontece anualmente em Lisboa (PT), ocupa a Oficina Cultural Oswald de Andrade em dois dias: na segunda, 2 de maio, às 19h30, e na sexta seguinte, 6 de maio, às 16h, em sessão com audiodescrição. Numa seleção poética, potente e vertiginosa, as criações, de diferentes lugares do mundo, traduzem sensações e emoções por meio de movimentos, recortes, danças, enquadramentos e histórias contadas com o corpo e com a câmera.  Entre os 11 filmes, estão “Jontae”, de Siam Obregon e Kyana Lyne (Canadá), que levou o prêmio de melhor videodança;  “I Have Come to Read The Night”, do espanhol Manuel Fernández-Valdés, Melhor Documentário; e “Setenta”, prêmio de Artista Nacional Emergente para a jovem Carlota Mendes Ramalheira, de apenas 19 anos.

A noite de sexta (06/05, das 19h às 20h30), continua na Oswald Andrade, com a mostra de três processos de grupos e artistas da periferia da Cidade, co-produzidos pelo Visões Urbanas de São Paulo: “The Wall”, de Vinícius Azevedo Oliveira, do Capão Redondo (Zona Sul); “As pegadas do Kurupyra”, com o  Grupo Flying Low, da Vila Guilherme (Zona Norte); e “Desaforado”, de Danilo Nonato, que vem de Cangaíba, Zona Leste.

No fim de semana o festival migra para o Sesc Santo Amaro, em sua versão Visões Periféricas. Sábado, 07/05, a partir das 19h, Samira Marana volta com “Yersinia”, e a Companhia de Dança de Diadema, com “SCinestesia – do Espaço do Corpo ao Corpo do Espaço”. A Cia Artesãos do Corpo encerra a programação de espetáculos em São Paulo com a reapresentação de “Senhor Tati”, no domingo (8/5), às 17h.

Compartilhe

Vinícius Gonçalves
Vinícius Gonçalves
Geminiano, viciado em tecnologia, filmes de terror e cinema.
- Advertisment -
- Advertisment -

MAIS LIDAS

COMENTÁRIOS RECENTES