A cineasta Ava DuVernay foi escolhida, entre 60 finalistas, para receber o Prêmio Dorothy e Lillian Gish por ter trabalhado para amplificar as vozes de mulheres e pessoas de cor em Hollywood. O Fundo do Prêmio Gish anunciou DuVernay nesta quinta-feira como sua 27ª vencedora e deve conceder aproximadamente 250 mil dólares pela premiação.
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De acordo com o próprio fundo, o prêmio é destinado a artistas que “estenderam os limites de uma forma de arte, contribuíram para uma mudança social e abriram caminho para a próxima geração.” Três outros cineastas já receberam o prêmio (Spike Lee foi um deles em 2013), mas, de acordo com o NY Times, DuVernay é a primeira mulher a recebê-lo enquanto diretora de cinema.
A ideia do prêmio partiu de Lillian Gish que, ao partir em 1993, estabeleceu em seu testamento que seu objetivo era premiar artistas que “promoveram uma excepcional contribuição para a beleza do mundo e para o desfrute da humanidade e compreensão da vida.”
Em entrevista com o NY Times, DuVernay disse se sentir ligada a essas palavras: “Quando penso em pessoas negras, quando penso no trabalho que faço, estou celebrando a beleza da sobrevivência, a beleza do triunfo sobre a adversidade”.
O comitê responsável pela decisão, comandado pelo diretor executivo da ArtPlace America, Jamie Bennet, apontou seu documentário de 2016 A 13ª Emenda, disponível na Netflix, como ‘não só um filme impactante, mas um catalisador de mudança. O documentário aborda a história da desigualdade racial e o encarceramento em massa nos Estados Unidos.
DuVernay também é conhecida pelo filme Selma e pela série Olhos Que Condenam, também disponivel na Netflix. Atualmente, a cineasta está trabalhando na série Colin in Black & White [Colin em Preto e Branco, em tradução literal], sobre a vida do jogador de futebol americano e ativista Colin Kaepernick e o filme The New Gods [Os Novos Deuses, em tradução literal], da DC Comics.