O Dia da Consciência Negra trouxe mais uma iniciativa representativa. Após filme com Elza Soares e Rafaela Silva no ano passado, o Bradesco apostou agora na ideia de Monique Evelle, CEO e sócia, também personagem desta vez.
A mulher negra de 24 anos é a idealizadora do vídeo que propõe novas perspectivas que rompem com os estereótipos naturalizados sobre o lugar que e como se deve ocupar, interpretado por três mulheres negras, com suas trajetórias e particularidades, mas ainda assim não pensadas para ser quem são.
Monique Evelle partiu de três pilares para constituir um trabalho emocionante: colorismo, poder e arte. “O colorismo interpretado pela Gleici (Damasceno) porque as pessoas não entendem que pretos são diversos. O poder, que no caso sou eu mesma (Monique Evelle), as pessoas não conseguem me enxergar como empresária, não conseguem enxergar uma menina de 24 anos, de dreads, que usa tênis e calça jeans como empresária de diversas coisas. E na arte eu não queria falar sobre cultura porque cultura tem muito a ver com pessoas brancas colocarem estereótipos do folclore pra parte cultural dos corpos negros, então na arte, Liniker como a grande artista de sucesso” – explica a CEO.
Sobre sua participação enquanto representação do poder, Monique lembra quão diferente é ser criadora e criação: “Foi maravilhoso poder estar inserida na própria campanha que criei, sabe?”.
No rompimento aos estereótipos, a produção foi acolhida pelo Bradesco, que já desenvolve a iniciativa #AliadosPeloRespeito, que acontece há cerca de um ano, com formação de funcionários em atenção à raça, gênero, sexualidade, PCD, dentre outras minorias.
A campanha é a prova da importância de protagonizar diferentes espaços, mesmo aqueles que o imaginário social não acredita que possa ser ocupado por mulheres negras. Uma produção dessa não poderia ser pensada por alguém que não sentisse na pele – preta – o peso das perspectivas racistas que se naturalizaram em nossa sociedade.
Confira: