Livraria Blooks do Shopping Frei Caneca, noite gelada de quinta-feira, dia 01 de junho de 2017. Para alguns, informações rotineiras, para ela e para muitas outras mulheres, um marco. Ela é Jarid Arraes, autora de um dos livros mais esperados deste ano: Heroínas Negras Brasileiras. Onde conta, em 15 cordéis, a história de mulheres que foram muito importantes para a história do Brasil.
Neste livro é contada poeticamente a história de: Antonieta de Barros, Aqualtune, Carolina Maria de Jesus, Dandara dos Palmares, Esperança Garcia, Eva Maria do Bonsucesso, Laudelina de Campos, Luísa Mahin, Maria Felipa, Maria Firmina dos Reis, Mariana Crioula, Na Agontimé, Tereza de Benguela, Tia Ciata, Zacimba Gaba. Histórias que a autora foi conhecendo ao longo de sua procura. Sim, procura, pesquisa, questionamento, inquietação. Pois, na escola ou até mesmo na Universidade não ouvimos histórias de mulheres negras, nem de homens negros a não ser que ele tenha “se tornado um feriado”. Mas e os negros que não se tornaram feriados? E as negrAs que foram silenciadas e invisibilizadas por toda a história do país?
O evento estava repleto de mulheres negras e era nítida em seus olhares e sorrisos a alegria por se verem representadas. O frio nem importou. Cada uma das histórias da obra remete às nossas próprias histórias. São vidas comuns, mas de pessoas não comuns, de mulheres especiais. E é assim que cada uma das mulheres negras brasileiras precisam se reconhecer – heroínas – e donas de suas próprias histórias. Vamos nos inspirar no livro, na autora, na ilustradora Gabriela Pires que também fez um trabalho incrível e em cada mulher que conhecermos, pois podemos nos reconhecer e nos fortalecer juntas.
Para saber mais sobre Jarid Arraes, clique aqui e leia a matéria escrita anteriormente.