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terça-feira, 03 outubro 2023
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Em 1 de abril de 1940, nascia Wangari Maathai

Por Amanda Sthephanie

Foi a primeira africana a receber o Prêmio Nobel da Paz. Premiada pela luta contra o desmatamento, porque reconhecia a força da terra. A retirada de árvores causava pobreza e instabilidade no continente africano, estrutural e espiritualmente. Não ficou conhecida mundialmente, mas não precisava. Oxóssi agradeceria seus feitos. Foi bióloga e vice-ministra do meio ambiente do Quênia: reflorestou o país. Eram anos 70 quando Wangari Maathai criou o Movimento Cinturão Verde para proteger a biodiversidade africana.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Não lutou só pelas matas. Bradou pela criação de empregos. Gritou pela inserção da mulher. Plantou, além de 3o milhões de árvores, esperança. Dizem que verde é cor de esperança mesmo. A queniana quis defender, além do preto de sua pele, o verde da natureza. Por isso, reservaram a ela as grades. Porque nas selvas de pedra que eles querem construir, não cabe o desabrochar das flores. Disse uma vez: “quando se começa a trabalhar seriamente em temas ambientais, a arena passa a ser os direitos humanos, os direitos das mulheres, os direitos ambientalistas, os direitos das crianças, isto é, os direitos de todo mundo”.

Foi por isso que Maathai não quis só plantar árvores. Plantou empoderamento, plantou emprego, plantou qualidade de vida. Colheu tudo junto a seu povo. Recebeu também um reconhecimento norueguês pelo esforço ambientalista: de todos cantos do mundo, era possível ver o baobá que era Wangari. O verde do dinheiro – ah, esse não sabia bem como usar, ela dizia. Quando recebeu 13 milhões pelo Prêmio Nobel, logo afirmou nunca ter visto tanto dinheiro na vida.

É que, na verdade, Maathai tinha visto muita árvore crescer e, como dizem por aí, dinheiro não dá em árvore. Ainda assim, comemorou o prêmio recebido, de forma inusitada: plantando uma árvore em sua cidade natal. Em 1 de abril de 1940, Wangari foi plantada, foi quando nasceu. Suas folhas secaram em 2011, quando ela partiu. No entanto, essa é uma daquelas que permanecem dando fruto. Nosso tributo à mulher negra que lutou pela casa de Oxóssi.

 

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