Ludmilla – foto reprodução
Por Carol Lee
Não poderia ter tido desfecho diferente, pois tudo que se espera de uma emissora respeitável e formadora de opinião é o sumário desligamento de funcionário que comete, ao vivo, crime de injúria.
Entendendo o B.O todo, o apresentador conhecido por “Marcão do Povo” da Rede Record durante o programa que exibia o quadro “Hora da Venenosa” deu sua (desnecessária e criminosa) opinião quando se referia ao episódio ocorrido semanas atrás em que a cantora Ludmilla dizendo ser outra pessoa evitou tirar foto com uma fã.
Anitta com Ludmilla – foto reprodução
Sentindo se a vontade em seus comentários racistas, o apresentador expôs sua opinião preconceituosa ao comentar: “É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo. Sempre falo, eu era pobre e macaco também”.
Após a exibição do programa a resposta de indignação de milhares de telespectadores e fãs de Ludmilla foi imediata nas redes sociais fazendo com que o assunto fosse o mais comentado no Twitter, até últimas horas, com a tag #ProcessaLudmilla.
Ludmilla e apresentador Marcão que a chamou de macaca – foto reprodução
E para justificar o que foi visto e ouvido por milhares de espectadores o, agora ex apresentador da Record, se defendeu com as manjadas “desculpas” das pessoas que são “pegas” praticando o crime de injúria e publicou , em sua defesa, a declaração: “…Como é público e notório, eu sou de uma cidade do interior do Tocantins, aonde cresci e desenvolvi diversos costumes, dentre os quais alguns vícios de linguagem. A expressão citada pela reportagem é uma delas: em nenhum momento quis ofender a cantora por sua cor. O termo ‘macaco’ é utilizado no Centro-Oeste sem teor pejorativo. Por exemplo: é bastante comum ver pessoas dizendo que ‘fulano é macaco velho’, pois já tem certa vivência em determinada coisa. É a mesma situação presente no vídeo, com a simples mudança do adjetivo que acompanha o termo. A acusação de racismo não procede. Minha carreira é marcada por respeito a todos, independente de cor, raça, credo ou qualquer outra coisa”, disse o apresentador…”
Então tá, justificado o comentário, ou não, o que TNM sempre reforçará em sua página quando ocorrerem episódios deste tema é que existe lei que nos defenda e segundo o código penal; comete crime de injuria racial previsto e definido no Art. 140 onde Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência comete crime como previsão de Pena de reclusão de um a três anos e multa”. Sendo assim, nós negros devemos usar da justiça para nos defendermos e assim fazer valer a lei.
Em resposta a toda polêmica, a Rede Record tomou a melhor decisão, e em comunicado disponibilizado em 18 de janeiro, desligou o apresentador da emissora.
Não alheia ao ocorrido, em seu Instagram, Ludmila comunicou que através de seus advogados acionará a justiça para que sejam tomadas todas as medidas legais.
Ludmilla – foto reprodução
Mais um triste episódio para contabilizarmos em nossos registros e que esperamos se faça justiça.
Vamos em frente TNM.