Continente Africano apresenta situações precárias para enfrentar a pandemia
Com 54 países e 1,3 bilhão de pessoas, o Continente Africano era o menos afetado pelo coronavírus até a última sexta-feira (20). Ao todo, o continente registra pouco mais de 1200 casos em 42 países. Destes, o Egito (196), seguido por África do Sul (116), Argélia (73) e Marrocos (54) lideram os casos segundo dados disponibilizados até quinta-feira (19) pela Agência da União Europeia para Controle e Prevenção de Doenças, um dos órgãos que vêm sistematizando dados sobre a pandemia no mundo.
Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem demonstrando preocupação com o possível avanço da pandemia no continente. Na última quinta-feira (19), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Ghebreyesus fez um alerta. “A África, meu continente, precisa acordar”, disse ele, numa entrevista coletiva em Genebra. “É preciso evitar grandes concentrações e fazer todo o possível para cortar [a pandemia] pela raiz, esperando que o pior pode acontecer.”, afirmou.
Mesmo com o risco iminente, poucos países adotaram medidas mais extremas para conter o avanço da pandemia. Segundo o jornal O Globo, Marrocos, Tunísia e Ruanda eram os únicos países que, até domingo (22) haviam adotado o confinamento da população em casa para tentar conter a transmissão. Enquanto isso, o restante havia realizado apenas o fechamento de grandes locais como igrejas, bares e restaurantes.
Há, contudo, uma grande preocupação de que muitas transmissões do vírus sequer tenham sido detectadas devido as precariedades dos sistemas de saúde locais.
