Além da redução de postos de trabalho, o endividamento e a queda nas remessas são outros problemas que agravarão ainda mais a economia do Continente Africano
O coronavírus pode levar a perda de 20 milhões de empregos no Continente Africano, caso não seja rapidamente controlado. Além da redução de postos de trabalho, o endividamento e a queda nas remessas são outros problemas que agravarão ainda mais a economia da região, segundo a União Africana.
“Cerca de 20 milhões de empregos, tanto no setor formal quanto no informal estão ameaçados de destruição no continente se a situação continuar”, diz parte de um relatório divulgado pela instituição nesta segunda (6) e que traça alguns cenários e efeitos do vírus no Continente.
O relatório esboçou dois cenários para o Continente Africano. No primeiro deles, chamado de “realista”, a pandemia duraria até julho e causaria uma queda na economia africana de 0,8%, já no segundo, o “pessimista”, a doença duraria até agosto e a economia retrocederia 1,2%.
Os cenários são preocupantes porque ambos diferem muito do crescimento de 3,4% que era previsto pelo Banco de Desenvolvimento Africano para a região antes do coronavírus.
Até esta segunda-feira, foram registrados 9.198 casos de Covid-19 nos 51 países africanos, segundo o Centro africano de controle e prevenção de doenças. A expectativa, entretanto, é que esse número cresça bastante nos próximos dias devido ao agravamento da pandemia e da precariedade da região que não tem dinheiro para investir em medidas de proteção, testes e alimentos para a população.