post reeditado em 16 de junho, 2020.
Após, morte de George Floyd muito se ouviu falar na palavra “antirracismo” e embalados pela comoção dos fatos ou querendo apenas publicidade foi “surra” de declarações de celebridades, profissionais da moda e renomados estilistas brasileiros se declarando não racistas e/ou aderindo ao movimento #vidasnegrasimportam engrossando assim os protestos contra o racismo com grande mobilização nas redes socais.
Em meio a comoção Floyd, João Pedro e o menino Miguel, a modelo Thayná Santos diz ter sido pega de surpresa com o posicionamento de várias marcas, que segundo a modelo, costumam ter atitudes totalmente contrárias ao não racismo, e com isso, abriu espaço em seu Instagram para que modelos e profissionais da moda denunciassem as situações de preconceitos vividos nos bastidores do mundinho fashion, o que escancarou de vez o quão preconceituoso e racista é este meio. Diversos profissionais da moda se pronunciaram, muitos de forma anônima, com relatos de racismo e preconceito vividos no ambiente de trabalho, deixando os mais otimistas pelo fim do racismo, incrédulos. Corre pegar a pipoca porque o babado é forte.
O que mais chamou atenção na maioria dos relatos eram os autores das atitudes racistas praticadas no ambiente de trabalho sendo os mais citados o ex casal de estilistas Glória Coelho e Reinaldo Lourenço. Entre os relatos o desabafo feito anonimamente por uma modelo preta/negra que declarou: “Glória sempre foi extremamente preconceituosa e não aceitava nem (modelos) morenas, tinham que ser brancas. Quando morava na casa de modelos, em época de semana de moda, eles nem mandavam as mais escuras para o casting dela, porque já era sabido que seriam recusadas para o casting”.
Alguns dos relatos direcionados a estilistas Glória Coelho foram respondidos pela própria estilista no perfil da modelo Thainá, onde Glória se desculpou dizendo que no passado compactou com o preconceito na moda privilegiando a beleza eurocentrista, que se compromete mudar, que admira a beleza preta e indígena e que deve incluir mais criatividade e diversidade em sua marca futuramente ( a integra da declaração da estilista está no Instagram de Thainá Santos).
Com o apontamento a pauta racismo na moda, o Instagram @modaracista vinha recebendo inúmeros relatos de abusos sofridos no ambiente de trabalho, dando destaque as atitudes preconceituosas do ex-marido de Glória Coelho; Reinaldo Lourenço.
Porém, com a grande repercução das denúncias no Instagram @modaracista a conta foi misteriosamente derrubada nas últimas horas, o que levou a plataforma TNM a reeditar este post de treze de junho, e os links que direcionavam a conta foram extintos.
Indignada com o ocorrido a modelo Drica Quintiliano postou em seu Instagram a sua revolta.
Muito além, do ex-casal de estilistas várias foram as marcas e profissionais citados nos relatos contidos no Instagram @modaracista postados por ex-funcionários traumatizados pelos ataques sofridos em ambiente corporativo. Alguns dos relatos estavam reproduzidos neste post, até o tombamento da conta @modaracista portanto serão apenas citados algumas das marcas, lojas e/ou profissionais mencionados nos relatos.
Entre outros, foram citados o profissional da RIACHUELO Ralph Choate (os relatos ocasionaram o desligamento do publicitário que trabalhava para a loja), a estilista FABIANA MILAZZO, o estilista Oskar da OSKLEN, o maquiador Daniel Hernandez e SISSA BRASIL.
E, aí? será que a “moda” antirracismo, pega? ou é onda que passará como tantas outras? de qualquer forma, dê preferência a consumir marcas de estilistas e profissionais pretos e que a diversidade de pessoas estejam trabalhando em todos os setores, somente desta forma o racimo estrutural pode ser rompido.