Da primeira vez que ouvi “Aura”, automaticamente pensei em Vander Lee e João Nogueira. Ainda assim, achei a voz de Marcos Marinho única. Esse álbum é uma trilha sonora boa pra dar uma animada, em especial em tempos pandêmicos, pra servir de música de fundo pro dia a dia, mas não só. Somada à voz que permite comparação, mas não equivalência, está sua experiência, que também fica bastante visível nas faixas finais. É por essas e outras que você precisa conhecer o trabalho deste artista, que vai além da música.
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Marcos Marinho
Marcoqas Marinho se identifica como artista e professor, duas profissões desvalorizadas no Brasil, mas que ocasionam numa bela e necessária mistura para a arte brasileira.
Apesar do lançamento recente de ‘AURA’, Marcos Marinho já está na ativa há algum tempo e participou de eventos como Conversas sobre o Frio e o Tempo”, “Festival Para Cantar Junto” e “18º Festival de Música Educadora FM”.
Seu objetivo é atingir a massa: ele não quer ficar no lugar de música para eruditos, mas um lugar em que diferentes pessoas em diferentes contextos consigam se conectar. E sim: todas as letras são autorais.
AURA
Aura’, já disponível em todas as plataformas digitais, é música popular brasileira, completamente autoral, feita por um artista e professor baiano em busca de uma arte autêntica, capaz de expressar emoções reais e estabelecer uma comunicação sincera com o público.
Essa comunicação vai de sentimentos que permeam nosso dia a dia, que falam de nossos sentimentos, mas também de uma crítica ao capital, que faz com que todes estejamos imerses neste ambiente desigual e muitas vezes desumano.
Eu não estava enganada quando pensei que os sons das 8 faixas pensadas com o violão no colo tinha diferentes influências de sons brasileiros. Marinho conta que sua obra é mesmo influenciada por artistas como Gilberto Gil, Ponto de Equilíbrio, Aldir Blanc, Cássia Éller, Milton Nascimento e tantos outros, evidenciando a natureza eclética (e sincrética) do seu trabalho.