Apesar de a gente saber que tem gente tentando nos parar, a promoção cultural da cidade, em especial a promoção de cultura preta, não para.
Não é só COVID-19, mas também retrocesso político, é violência policial, às vezes parece que a gente não sabe de onde tirar forças pra continuar, né? Mas muitas vezes a arte salva. Sendo assim, as Casas Literárias de São Paulo estão sempre ofertando cursos com diferentes focos.
Entre fevereiro e março, as ofertas serão, entre outros temas, a respeito de patrimônio afro-paulistano, historiografia do cinema e literatura periférica. E, finalmente, também é bom pra quem não tá assistindo ou quer fazer uma pausa de BBB.
Curso sobre a história do teatro negro brasileiro
Patrimônio Afro-Paulistano
Na Casa Mário de Andrade, o foco será na cultura afro-paulistana e em uma série de artigos de Mário de Andrade para a cultura impressa. Mas aqui vamos nos concentrar no primeiro.
Participantes do grupo de estudos Patrimônio Afro-Paulistano têm a oportunidade de conhecer a importância das principais manifestações culturais realizadas por afrodescendentes e seus representantes que permeiam os bairros da Liberdade, Bixiga, Brás e Barra Funda, na cidade de São Paulo. As aulas ocorrem pelo Google Meet nos dias 3, 10 e 24 de fevereiro, quartas-feiras, das 19h às 21h. A inscrição está aberta até amanhã por aqui. São 250 vagas.
Cada encontro se volta para uma abordagem: dos batuques ancestrais à urbanização da cultura afro-paulistana; territórios negros e a formação do patrimônio cultural na cidade de São Paulo; os quilombos urbanos de resistência afro-paulistana.
Tadeu Kaçula
Em suas próprias palavras, Tadeu Kaçula é sociólogo, pesquisador, antirracista e escritor. Mas Kaçula também é sambista. Inclusive, é fundador do Instituto Cultural Samba Autêntico. Além disso, é mestrando em Mudança Social e Participação Política pela USP e articulador nacional da Nova Frente Negra Brasileira (NFNB). Em 2019, lançou o livro Casa Verde – Uma pequena África paulistana.
É fácil encontrar referências suas pelas redes. No YouTube, por exemplo, Kaçula tem falas que vão da importância da preservação da história do samba paulista ao pensamento político contemporâneo. Em conclusão: corre lá! Confira abaixo sua entrevista no Especial 100 anos de Samba: