Que Serena Williams é rainha a gente já sabe.
Há pouco tempo, aqui no TNM foi veiculada uma matéria que expõe o racismo pelos olhos de Serena, finalizada com os dizeres “[…] claramente ela (Serena) pode ser considerada a melhor tenista que o mundo já viu. Entretanto, a mídia esportiva americana raramente a coloca nessa posição”.
A prova disso foi o que Serena enfrentou durante uma entrevista coletiva após a partida contra a tcheca Lucie Safarova, pela segunda rodada da Australian Open, que venceu por 2 sets a zero.
Durante a coletiva, a tenista negra foi indagada por um jornalista sobre seu desempenho durante o jogo. “Pareceu um pouco uma performance precária com um pouco mais de erros não forçados, faltas duplas”, disse ele. “Acho que isso é uma coisa muito negativa para se dizer. Você está falando sério?”, questionou Serena. “É só a minha observação”, disse o jornalista que já deveria ter ficado quieto. “Bom, você deveria estar fora daqui. Isso não foi muito gentil. Você deveria se desculpar. Quer se desculpar?”, perguntou Serena. “Quero. Desculpe-me”, disse ele, depois do ponto dentro da tenista.
Serena, que tem 35 anos de idade e 21 de carreira, coleciona 38 títulos em torneios de Grand Slam, sendo que 22 deles a tenista conquistou sozinha. Além disso, é a única mulher no mundo a acumular mais de US$ 72 milhões de prêmios oficiais na carreira. Tem ainda 4 medalhas de ouro olímpicas e se consolidou durante 290 semanas como a melhor tenista do mundo. Tudo isso prova que não há motivos para questionar o desempenho de Serena Williams durante um jogo apenas. Sabemos porque temos que ser três vezes melhores, porque o racismo os impede de ver que somos bons. Aceita que dói menos, Serena é A melhor!
O lacre foi grande, minha gente.