![Foto: Reprodução/artistiquephotographybynicolette](https://todosnegrosdomundo.com.br/wp-content/uploads/2017/02/as-600x293.jpg)
Iemoja, Yemaya, Yemoja, Iyemanjá, Yemanjá, Iemanjá. Yèyé omo ejá: mãe cujos filhos são peixes. Mãe d’água. Rainha das ondas. Sereia do mar. Assebá, Assessu, Iamassê, Iemouô, Olossá, Ogunté, Ataramaba, Maleleo. Oferecemos sete rosas brancas abertas, Odò ìyá!
Ouve-se o canto da sereia, Janaína nos quer abençoar. Iemanjá canta no último dia do ano. Sete ondas puladas consolidam a bênção da mãe d’água. Também pode cantar em agosto. Ou, então, Inaê canta hoje. Presente das águas. Traz fartura aos pescadores. Ouve-se também Oxum cantar. Pede licença à orixá das águas doces. Recebe a prece de seus filhos. Sem água doce que sustenta marinheiro, pescador não navega. Ora yê yê ô!
![Iemanjá e Oxum. Imagem: Reprodução/Youtube](https://todosnegrosdomundo.com.br/wp-content/uploads/2017/02/maxresdefault-420x315.jpg)
Filho que faz oferta, se prepara sete dias antes. Reserva oferenda. Abre coração. Como fizeram antes: pediram peixes à Princesa de Aiocá. Receberam alimento e mar tranquilo. Na Bahia, no Maranhão, no Pará, no Rio de Janeiro, em São Paulo… Todo ilê recebe orixá. Todo filho honra a mãe.
Filha de Olóòkun, na África, a maior divindade do mar. Seu pai representa as profundezas. Tentou matar os homens com o dilúvio. Talvez, por isso, seja Janaína a deusa padroeira dos náufragos. Iemanjá rege todo lar, cria todo filho. A orixá de seios grandes e pele escura tornou-se magra e longilínea. Sincretismo. Mas recebe ainda toda a alma que busca, em água salgada, proteção.
Odossiaba, Iemanjá!