Iemoja, Yemaya, Yemoja, Iyemanjá, Yemanjá, Iemanjá. Yèyé omo ejá: mãe cujos filhos são peixes. Mãe d’água. Rainha das ondas. Sereia do mar. Assebá, Assessu, Iamassê, Iemouô, Olossá, Ogunté, Ataramaba, Maleleo. Oferecemos sete rosas brancas abertas, Odò ìyá!
Ouve-se o canto da sereia, Janaína nos quer abençoar. Iemanjá canta no último dia do ano. Sete ondas puladas consolidam a bênção da mãe d’água. Também pode cantar em agosto. Ou, então, Inaê canta hoje. Presente das águas. Traz fartura aos pescadores. Ouve-se também Oxum cantar. Pede licença à orixá das águas doces. Recebe a prece de seus filhos. Sem água doce que sustenta marinheiro, pescador não navega. Ora yê yê ô!
Filho que faz oferta, se prepara sete dias antes. Reserva oferenda. Abre coração. Como fizeram antes: pediram peixes à Princesa de Aiocá. Receberam alimento e mar tranquilo. Na Bahia, no Maranhão, no Pará, no Rio de Janeiro, em São Paulo… Todo ilê recebe orixá. Todo filho honra a mãe.
Filha de Olóòkun, na África, a maior divindade do mar. Seu pai representa as profundezas. Tentou matar os homens com o dilúvio. Talvez, por isso, seja Janaína a deusa padroeira dos náufragos. Iemanjá rege todo lar, cria todo filho. A orixá de seios grandes e pele escura tornou-se magra e longilínea. Sincretismo. Mas recebe ainda toda a alma que busca, em água salgada, proteção.
Odossiaba, Iemanjá!