Outro dia, cá estava eu rolando o Instagram até chegar numa publicação de alguém que admiro muito. Uma foto preta e branca de um rosto cujos olhos estavam cobertos por um “cansei” escrito. Parei para ler.
Patrícia Avelino tem um canal que aborda make, cabelo, negritude e, sobretudo, aceitação. Eu a conheci pessoalmente num evento em que o TNM participou, o stand up da Tia Má, quando a vi trabalhar com toda sua competência maquiando a estrela da noite.
Aquela mulher, mulher negra, mãe, maquiadora, YouTuber, empreendedora e tantas outras coisas deixava transparecer seu amor pelo que faz. Talvez por isso, seja ainda mais cansativo lidar com um canal que existe há 10 anos e há apenas 05 está na corrida das blogueiras, como a própria Patricia explica em sua publicação.
“Sinto que estou correndo uma maratona mas na esteira da academia”, a youtuber cita em parte do texto, ao lembrar que falta reconhecimento e abordar o padrão das blogueiras contratadas por marcas.
Patrícia lembra que este perfil é composto por mulheres de 18 a 25 anos, magras, sem filhos, com muitos seguidores e uma realidade diferente da realidade dela. E me dispus a pensar que não somos as marcas, mas que as influenciamos nestas escolhas.
E aí, quem temos acompanhado no YouTube? Ou mesmo no Instagram ou qualquer outra rede social que rodeia nossa vida. Quem temos apoiado? Por fim, a Patrícia, apoiada pelas Avelindas, decidiu continuar. Mas quando aprenderemos a apoiar a nossa rede e consolidar o seu sucesso?
Fiquei pensando sobre isso durante toda a semana e quis dividir com vocês. Porque eu admiro a Patrícia Avelino e muitas outras mulheres negras que buscam espaço na comunicação diariamente com muitos desafios e só este texto já é um sinal de apoio à nossa rede.
Maravilhosa ????????