O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no Brasil, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e a FJP (Fundação João Pinheiro) publicaram nesta quarta-feira (10/05) o resultado da pesquisa sobre IDH (Índice de Desenvolvimento Humano municipal). O IDH é considerado por três facetas: saúde, educação e renda.
O Índice verifica como está o desenvolvimento completo das diferentes populações e com isso, dá base para que sejam criadas políticas públicas para melhorá-lo. A pesquisa que é feita a cada 10 anos leva tempo para ter seus dados avaliados e corridos. Por isso, o resultado que saiu no dia 10 é referente à pesquisa realizada em 2010.
Os resultados são impressionantes. Levando em consideração que a pontuação varia de 0 a 1, a pesquisa revela que no ano de 2000 os brancos tinham o índice de 0,675, número que os negros chegaram perto apenas uma década depois. Em 2010 os negros revelam o índice de 0,679, enquanto que na mesma época os brancos aumentam seu índice para 0,777.
Ainda assim, podemos observar que a diferença entre os índices de brancos e negros tem diminuído. Enquanto em 2000, o índice de pessoas brancas era de 27,1% acima do índice de pessoas negras, em 2010 esta diferença caiu para 14,42%.
Esta pesquisa apenas ilustra o que vemos todos os dias: a população negra tem menos saúde, menos renda e menos educação porque os governantes pouco investem na dívida que têm com a população negra há mais de 300 anos. A diferença no IDH de negros e brancos diminuiu, mas ainda existe e é alarmante! Vamos lutar dia pós dia para não mais existir diferença nos direitos.