“Cor do Som – Memórias da Música Negra”, é uma série audiovisual que aborda a história de instrumentistas negras e negros, trazendo um resgate desses músicos e da cultura do povo preto. O projeto foi idealizado por Mauricio Pazz, que agora convida Walmir Gil, fundador da aclamada Banda Mantiqueira e um dos mais notáveis trompetistas brasileiros, para uma série de apresentações online nos próximos dias 4, às 21h, e 5 de dezembro, às 20h.
Nesse projeto, transmitido pelo YouTube, os universos da canção e da música instrumental se entrelaçam em um potente encontro de gerações, guiadas por diversos sotaques das sonoridades afro-diaspóricas.
Para o repertório, dividido em três eixos intitulados “Memória”, “Movimento” e “Leveza”, faixas como “Para Bonga e Bogum”, “Sarau para Alforria” e “Aiai meu bem” estão entre os destaques.
Somando na banda base estão Allan Abbadia (trombone), Cauê Silva (percussões), Fábio Leandro (pianos acústico e elétrico), Rudson Daniel (percussões) e Vanessa Ferreira (contrabaixos acústico e elétrico). Já o bandolim, cavaco, guitarra, violão, violão tenor e voz ficam por conta do próprio Maurício Pazz.
Essa é uma realização do Programa de Ação Cultural Lei Aldir Blanc – PROAC LAB, edital 39/2020, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
“Cor do Som – Memórias da Música Negra”
Para Mauricio Pazz, o projeto nasceu de um questionamento muito simples: Cadê a história e os instrumentalistas negros? É o que acontece em todos os ambientes, um sintoma dos apagamentos históricos.
“Nas minhas pesquisas acadêmicas, me deparei várias vezes com a escassez de registros disponíveis e acessíveis sobre a carreira de musicistas instrumentistas pretes. Quando esses artistas superam a barreira do anonimato, aparecem na condição de gênios cujo talento é quase sempre atribuído ao instinto que os guia arbitrariamente e não ao aprimoramento da técnica e de suas capacidades criativas de produção e execução.”
Inquietante, né? Foi aí que “Cor do Som” surgiu, como série documental. O objetivo é justamente valorizar e publicizar a trajetória da produção artística e intelectual de músicos negros que, por efeito do racismo, têm suas histórias apagadas, bem como sua produção pouco (re)conhecida. Depois do documentário, amplio essa reflexão com um espetáculo lindo, leve e de extrema importância”.
O que realmente sabemos por liberdade?
MAURÍCIO PAZZ
É cantor, compositor, multi-instrumentista e pesquisador. Para o paulistano, suas influências vão do choro ao jazz, espraiando para ritmos de matrizes africanas presentes em diversas vertentes da música brasileira.
Graduado em Música pelo Instituto de Artes da UNESP (2018) e mestrando em Processos de Criação Musical pela Escola de Comunicação e Artes da USP (2021), atua profissionalmente na música desde 2008 tocando com diversos artistas.
Entre eles, Anaïs Sylla, Chico César, Coletivo Roda Gigante, François Muleka, Luedji Luna, Marco Mattoli, Natália Matos, Nath Rodrigues, Renata Jambeiro e Zumbiido-Afropercussivo. Além disso, atua também em projetos interlinguagens envolvendo dança, cinema, vídeo-arte e circo.
Atualmente, dedica-se à série audiovisual documental que idealizou e dirigiu – “Cor do Som – Memórias da Música Negra” (2019) – e ao desenvolvimento do seu próximo trabalho autoral.
Para saber mais, acesse o site oficial.
SERVIÇO
COR DO SOM: Maurício Pazz convida Walmir Gil nos dias 4, e 5 de dezembro. Horários: Sábado às 21h e domingo às 20h
Transmissão via YouTube
FICHA TÉCNICA
Allan Abbadia: trombone
Cauê Silva: percussões
Fábio Leandro: pianos acústico e elétrico
Maurício Pazz: bandolim, cavaco, guitarra, violão, violão tenor & voz
Rudson Daniel: percussões
Vanessa Ferreira: contrabaixos acústico e elétrico
Participação especial: Walmir Gil (trompete)
Produção Executiva: Núcleo Coletivo das Artes Produções
Produção Geral: Rita Teles
Direção Artística: Maurício Pazz
Direção Musical: Fábio Leandro & Maurício Pazz
Arranjo geral: Fábio Leandro
Arranjos de percussão: Cauê Silva, Rudson Daniel & Maurício Pazz
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