O ponto de partida de Karoline Maia, de 26 anos, é a experiência como trabalhadora doméstica. Ela conta a história de mulheres como ela no documentário Aqui Não Entra Luz. A produção ainda está na fase de montagem e faz um paralelo entre as imagens de senzalas do período da escravidão e o quartinho da empregada dos tempos atuais. Para concluir esse projeto, ela fez uma campanha de financiamento e já arrecadou R$100 mil reais.
Karoline Maia informou que o filme terá narração em primeira pessoa e que a ideia surgiu em 2016, após observar durante anos o trabalho da mãe, e assim como ela, ser vítima de racismo. No caso dela, aconteceu quando ela já trabalhava no audiovisual e uma ex-chefe mandou ela “dormir na senzala”. Além de usar imagens de arquivo pessoal, ela passou por 5 estados brasileiros: São Paulo, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
“O quartinho da empregada fica sempre nos fundos da casa, ao lado da cozinha. ‘Ela é como se fosse da família’, mas espera todo mundo jantar para comer o que sobrou. Dorme depois, acorda antes”, diz um trecho da divulgação. Veja trailer.
Ainda não tem data prevista para lançamento do filme.