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terça-feira, 03 outubro 2023
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Itaú Cultural lança “Rumos 2019-2020”

Entenda como foi o processo da 19ª seleção de Rumos, do Itaú Cultural, e conheça alguns dos 91 selecionados.

Nesta tarde, o Itaú Cultural comunicou, através de coletiva de imprensa, o lançamento do programa “Rumos 2019-2020”. Durante a coletiva, algumas das pessoas responsáveis pela realização do projeto falaram sobre a necessidade de transformação do programa para se adaptar aos desafios trazidos com a pandemia do COVID-19.

Os processos mudaram, mas o projeto se manteve. E o Itaú selecionou 91 pesquisadores e artistas. Estes são voltados para recortes que permeiam o mundo contemporâneo e a atualidade artística brasileira – por exemplo, questões de negritude, femininas, de acessibilidade e indígenas.

O legado arquitetônico de Tebas

Itaú Cultural Rumos

O programa “Rumos” não é uma nova política no Itaú Cutural. Esta é sua 19ª edição. No entanto, o ano de 2020 trouxe “um novo olhar com a preocupação de contemplar projetos que se adequassem às atuais exigências decorrentes do surto pandêmico.”

Foram 11.246 projetos inscritos e avaliados por diferentes selecionadores, incluindo especialistas em cada área. Em processos habituais anteriores, a última etapa de seleção envolvia uma imersão da comissão responsável por essas escolhas. Como parte da avaliação para escolha exige conhecimentos de especialistas, as seleções acabam sendo feitas de maneira um pouco mais individual. A parte que envolve um coletivo é justamente essa última parte, em que o grupo como um todo se vê imerso em discussões. No entanto, como a pandemia não permitiu que isso ocorresse, essa última etapa também foi realizada de modo virtual.

Seja como for, 91 pesquisadores e artistas foram selecionados. Quase todos os estados tiveram participantes selecionados, com exceção do Amapá. Mas, em termos de contemplação, todos os estados foram envolvidos (há obras de um estado que contemplam outros). No site do próprio Itaú Cultural, você pode conhecer todos os participantes. Mas selecionamos alguns pra você conhecer um pouco mais também.

Aberto pela Aduana – Livro de Artista de Eustáquio Neves (Foto: Reprodução)

Aberto pela Aduana – Livro de Artista de Eustáquio Neves

No ano passado, o Museu Afro exibiu esta exposição como parte das comemorações de seu aniversário de 15 anos. De acordo com o próprio Museu Afro, esta foi a primeira exposição individual do premiado fotógrafo e artista multimídia mineiro em São Paulo desde 2015, quando exibiu “Cartas ao Mar”, também no Museu Afro Brasil.

Nas palavras do próprio Museu Afro: “Aberto pela Aduana, além de ser o título da exposição, é o nome da principal obra da mostra, o “Livro de Artista de Eustáquio Neves”, produzido a partir da manipulação de materiais de arquivo do fotógrafo, desenhos, colagens entre outras técnicas. Apesar de ter uma estrutura geral semelhante a um livro, a obra é na verdade um objeto de arte que fala por si próprio. Segundo Eustáquio, o nome ‘Aberto pela Aduana’ foi escolhido para estimular a discussão entorno das múltiplas violações do corpo negro, desde o tráfego negreiro aos dias atuais.”

O longa-metragem Cais. (Foto: Reprodução)

Cais (Giro Planejamento Cultural)

Cais é um longa-metragem e documentário que conta a história de Safira. Na busca pela imagem de sua avó Maria, ela passa a procurar retratos de mulheres negras em feiras de antiguidades. Cada fotografia encontrada lhe revela um passado colonial ainda pungente no Brasil.

A direção e o roteiro do filme foram feitos pela própria Safira. A produção foi do Giro Planejamento Cultural. Além do Rumos, o longa também foi contemplado no Fundo Avon Mulheres no Audiovisual (FAMA) para produção através do Artigo 1A; e selecionado no Imersão Doc Brasil (2018); DOCLAB SP (2018), 9º Brasil Cine Mundi (2018) e Mercado de Cine de Realidad (2019.

A cantora, compositora e ativista Doralyce. (Foto: Reprodução)

Dassalu – da decolonização do olhar ao Afrofuturismo (Doralyce)

Dassalu é um manual de sobrevivência para pessoas pretas, indígenas e latinas, com foco nas mulheres, que são que mais sofrem com a violência. O trabalho é baseado em dois trabalhos anteriores da cantora e compositora, Canto da Revolução (2017) e Pílula Livre (2019).

Em matéria do Catraca Livre, suas composições foram descritas como “política, ancestralidade, empoderamento da mulher negra e a força da fé das culturas de matrizes afrobrasileiras.”

Além deste projeto, o Itaú Cultural também lançou a série de editais Arte como
respiro: múltiplos editais de emergência
, na qual contemplou mais de mil artistas
por todo o Brasil. A construção deste conjunto de editais teve como base e inspiração o modelo de atuação do Rumos ao longo de sua trajetória.

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