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terça-feira, 03 outubro 2023
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Inna Modja: “eu não me conformo ou caibo em qualquer caixa”

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Capa da revista ELLE na França, Inna Modja saiu aos 19 anos do Mali. Aos 5 anos foi submetida à tradição que mutila a genitália das meninas no país da África Ocidental. Foi à Europa pela primeira vez para estudar e trabalhar. Por fim, decidiu ficar e cantar ao mundo a realidade do seu povo em inglês, em francês ou em bambara, sua língua materna. No clipe ‘Tombouctou’, Inna deixa transparecer seu lado ativista quando aborda a guerra no norte do país e a vulnerabilidade das mulheres por lá. A modelo é referência de quem volta ao lugar de origem para exercer mudança.

Em entrevista à Elle, a cantora declarou estar produzindo um filme – “A Grande Muralha Verde” – para a ONU sobre questão climática com direção de Fernando Meirelles e o diretor nigeriano-britânico Joseph Adesunloye. Esse não é o único projeto de Inna Modja: com o artista Marco Conti Siki ela mantém o “Wings for All”, em que são pintadas asas por muros ao redor do mundo, no intuito de disseminar às pessoas a ideia de liberdade e de super poderes ao povo comum.

Sobre a mutilação que sofreu na infância, Inna afirma ter se sentido despedaçada durante o caminho. Com vergonha do seu corpo e incompleta como mulher, a cantora sofria pela violência genital a que foi submetida. No entanto, a carreira como modelo a ajudou a entender o que há de especial nela. Sobre o apelido ‘Modja’ que significa “menina má”, a artista declarou sempre ter sido uma rebelde: “eu não me conformo ou caibo em qualquer caixa”. Como ativista há 12 anos pelos direitos das mulheres, Inna Modja quer liberdade e igualdade.

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