Na próxima segunda-feira (06), o Sarau Da Ponte Pra Cá, nascido em setembro de 2014 na região do Campo Limpo, como alternativa para disseminação de arte em suas diversas vertentes, realiza mais uma edição na Praça do Campo Limpo a partir das 18h. Dessa vez, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, o sarau será composto majoritariamente por mulheres e leva o nome de “Flores de Março”. Além disso, o evento comemora ainda o mês de aniversário da idealizadora Thata Alves, poetisa negra.
Estarão presentes artistas das mais diferenciadas vertentes. Nas artes visuais, Mucunã faz artes com a natureza e Bea Filha da Rua representa o Grafitti. Na exposição fotográfica, o sarau conta com Renato Cândido e, nos desenhos, com Fernanda Theodoro. A literatura é representada por dois livros: ‘Penetra-Festra’, ‘Tautologias’ e ‘Súplica de Um Servo’, respectivamente de Bárbara Esmenia, Daisy Serena e Ana Paula Costa. Na música, Samba de Coco e Dj Du tocam o sarau. Além desses convidados, tem exibição de documentário e muito mais!
Parafraseando Racionais MC’s, a “Ponte Pra Cá” representa o mundo diferente a que a parcela privilegiada está acostumada a integrar. A ponte é um símbolo que demarca limites entre periferia e centro, junto aos estereótipos que os caracteriza. É nesse espaço geograficamente marginalizado, socialmente vulnerável que se concentram aqueles que, de tanto ouvir, decidem ser ouvidos. É desse espaço que brotam as Flores de Março: mulheres que em meio ao cinza da cidade colorem suas poesias, seus desenhos, suas músicas, suas produções.