A organização que entrega os prêmios do Oscar anunciou na última sexta-feira (12) que os filmes deverão atender a critérios de representatividade e inclusão para concorrer a uma das maiores premiações da sétima arte.
Para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que já sofreu críticas por homenagear poucos filmes e criadores negros, esta e outras medidas representam uma nova fase de um esforço de cinco anos para incentivar a diversidade.
Foi informado também que haverá a formação de um grupo para desenvolver diretrizes de diversidade e inclusão que os cineastas terão que cumprir para seus trabalhos serem candidatos às estatuetas. Porém, as regras não se aplicarão aos filmes que disputarão o Oscar na próxima cerimônia em 2021.
As críticas à academia de cinema ganharam força em 2015 com a hashtag #OscarsSoWhite, um protesto devido à escolha de concorrentes exclusivamente brancos nas categorias de atuação.
Em resposta, a academia duplicou o número de mulheres e pessoas pretas em suas fileiras de convidados. Porém, em 2019, apenas 32% dos seus 8.000 membros eram mulheres e 16% eram pessoas pretas. Os novos membros do conselho serão anunciados no próximo mês.
“Sabemos que existe muito mais trabalho a ser feito para garantir oportunidades iguais em todo o setor”, afirma a executiva-chefe da Academia, Dawn Hudson. Além dessas medidas, a Academia promoverá debates abertos aos membros e ao público, cujos temas abordados serão “raça, etnia, história, oportunidade e arte de filmar”. “A necessidade de tratar deste assunto é urgente”, complementa Hudson.