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terça-feira, 03 outubro 2023
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Coletivo Coletores traz vida e arte para a cidade

A arte pertence a todos. Pensando assim, Toni Baptiste e o Coletivo Coletores transformam parte da cidade de São Paulo em um espaço cultural. Sem endereço fixo, o grupo segue criando intervenções artísticas por alguns pontos.

Para contar a história de como o coletivo nasceu, o sétimo episódio de Cultura de Periferia em Tempos de Pandemia, série da Ponte em parceria com o Todos Negros do Mundo disponível no YouTube e exibida aos sábados na Rede TVT, conta com a presença de Toni, um dos integrantes.

O grupo foi formado em Itaquera, zona leste de São Paulo, em 2008. O grupo já completa 13 anos. Toni Baptiste e Flavio Camargo se conheceram na faculdade e decidiram por em prática suas produções. “O coletivo vem da ideia de pensar a cidade como uma plataforma para nossas ações artísticas. Pensando de forma coletiva e agindo de forma colaborativa. Toda a nossa produção acontece em trânsito, sobretudo na periferia,” afirma Toni.

As criações do coletivo Coletores sofrem influências de todos tipos de arte, principalmente do grafite e do skate. Em uma mistura do conceito “tribo urbana” com arte contemporânea, as obras dão vida a cidade.

A Casinha: Lugar de resistência e afeto

Cultura urbana e arte digital

São Paulo é um centro urbano, a cidade em que tudo acontece… Mas mesmo assim é também um local de desigualdade. A capital que abriga gente de todos os lugares continua segregando. Por isso, neste cenário, a arte é uma resistência e uma união, pertence a todos.

Usando recursos digitais e os prédios espalhados na selva urbana, Toni e Flavio criam algo para despertar a curiosidade.

Ocupação realizada pelo Coletivo Coletores
Intervenção do Coletivo Coletores | Foto: Reprodução.

Por não ter um ateliê fixo, o coletivo roda vários bairros com o apoio de outros grupos locais. Para Toni e Flavio, é importante chegar nos novos lugares com cautela e assim conquistar a atenção do público. Mas, mesmo que a comunidade goste da arte, as questões burocráticas acabam deixando o processo mais lento.

“Quando a gente fala em ocupação de espaços, que já são nossos, como, por exemplo, uma casa de cultura, existe sempre um preconceito. Então, a gente acaba sentindo essa dificuldade para entrar nos espaços.”

Como ficou o Coletivo Coletores na pandemia?

“Em fevereiro de 2020, a gente tinha uma agenda fechada até julho e toda essa agenda caiu. Então isso foi um choque, ficamos sem retorno financeiro em relação ao coletivo. Só que sempre produzimos um trabalho chamado Bicho Digital“, relata Toni.

O Bicho Digital é a projeção de frases carregadas de simbologia nas paredes da cidade. Dessa vez, o coletivo aproveitou para espalhar um pouco de esperança e reflexão.

Bicho Digital: Coletivo Coletores busca incentivar a vacinação na periferia com o uso da arte | Foto: Reprodução.
Foto: Reprodução| Intervenção para conscientizar as pessoas

“Na periferia, não teve isolamento social, as pessoas continuaram trabalhando e pegando ônibus lotado. Então, teve o pensamento de ‘se posso pegar ônibus, também posso sair’. Pois o lazer foi muito afetado. Nesse sentido, a gente queria trazer uma reflexão.

Com o avanço da Covid-19 e a aberturas dos grandes shoppings, o coletivo foi convidado para fazer uma ação de escala maior.

Além disso, o grupo participou de um projeto da Secretaria Municipal de Cultura, voltado para a questão racial. Assim nasceu o Circuito Urgências, que trouxe também artistas indígenas.

A ação teve repercussão internacional. Isso porque trouxe um novo significado para as obras. Como, por exemplo, o monumento dos Bandeirantes. O trabalho do Coletivo Coletores é fazer do cotidiano uma arte e nem mesmo a pandemia foi capaz de impedir essa intervenção.

Acompanhe o Instagram e Facebook do coletivo, e confira abaixo o episódio completo.

Sétimo episódio da série Cultura de Periferia em Tempos de Pandemia

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