Billy Porter é uma lenda no cenário da Broadway e também é responsável por dar vida a Pra Tell na série Pose. A série da Pose, da FX, fala sobre o cenário LGBTQ das pessoas negras entre os anos de 1980 e 1990 e aborda, principalmente, a epidemia de HIV que aconteceu nessa época. E, durante uma entrevista ao ‘The Hollywood Reporter’, Billy Porter contou sobre ser portador do vírus HIV.
Confira os ganhadores do Emmy Awards 2020
“Eu vivi com essa ‘vergonha’ em silêncio por 14 anos. Ser portador do vírus HIV, de onde eu venho que é crescido na igreja pentecostal e com uma família extremamente religiosa, isso é um castigo de Deus”, contou Billy.
Ele também conta que ninguém do elenco de Pose sabia da sua condição, só algumas poucas pessoas da indústria do entretenimento.
“Por muito tempo, os poucos que precisavam saber, sabiam – exceto a minha mãe. Eu estava construindo a minha vida e a minha carreira e não tinha certeza nenhuma se conseguiria caso pessoas erradas soubessem. Seria apenas mais uma forma das pessoas me discriminarem em uma profissão que já é discriminatória. Então, eu tentei pensar a respeito o mínimo que pude. Tentei bloquear, mas a quarentena me ensinou muito e todos foram obrigados a sentar e calar a boca”, continuou o ator de 51 anos.
“Minha mãe já tinha sido tão perseguida pela sua comunidade religiosa por conta da minha estranheza que eu só não queria que ela vivesse o ‘eu te disse’. Eu não queria ver ela passando por isso novamente. Eu estava muito envergonhado. Eu era a estatística que todos disseram que eu seria”, explicou Billy Porter ao falar sobre os motivos de não contar para sua mãe.
“Estou me preparando para interpretar a fada madrinha em Cinderela. Tenho uma música nova saindo em breve. Um livro de memórias para ser publicado. Pose terminando e estou dirigindo meu primeiro filme. Eu estou tentando estar presente, ser alegre. Um dos efeitos do trauma é não ser capaz de sentir alegria”, continuou sobre seus planos para o futuro.
Você pode ver Billy Porter como Pray Tell na série Pose. Leia a entrevista completa (em inglês) clicando aqui.
