Por Solange Reis
Em maio deste ano, a cantora/musicista/escritora e produtora, ganhadora de 15 prêmios Grammy e eleita pelo jornal The New York Times uma das grandes intérpretes de todos os tempos, Alicia Keys, decidiu deixar de usar maquiagem.
O motivo: em carta escrita à imprensa por ela, que demonstra grande reflexão sobre si mesma, Alicia afirma “não ser saudável em muitos níveis” a sua obsessão por maquiagem, e completa: “toda vez que saía de casa, eu me preocupava se havia feito minha maquiagem. E se alguém quisesse uma foto? e se minha foto sem maquiagem é divulgada? De uma forma ou de outra, eu estava preocupada demais com o que as pessoas achavam de mim”.
E na última sexta-feira, 02 de setembro, ao participar de um programa da televisão americana, o “Today”, um dos apresentadores decide retirar sua maquiagem em apoio à Alicia, e a âncora Tamron Hall, surpreendida com o incentivo dos outros colegas, também limpa seu rosto com um lenço umedecido e, claro, recebe elogios de Alicia, que diz: “veja como você é bonita!”
O movimento #nomakeup ganha força nas redes sociais e, o que se faz necessário pensar, é se a falta de maquiagem atinge a auto-estima. Se uma mulher somente enxerga sua beleza com base para o rosto, pós, batons e afins, há um questão de falta de identidade que, assim como em muitas outras práticas abusivas, cobre nossa naturalidade, quem realmente somos.