A informação que parecia ser especulação virou notícia quente após a Secretaria de Cultura e Turismo confirmar a primeira edição do Festival internacional no Brasil. A notícia foi comemorada por todos que amam som, cultura, estilo, representatividade, num evento com pegada 100% black. E, com todos esses requisitos, só poderíamos estar falando do maior Festival de cultura negra do mundo, o AFROPUNK. O bafo finalmente dará rasante em terras brasileiras, na Bahia. O festival está previsto pra dar pinta por aqui no segundo semestre de 2020. E antes, de se envolver no rolê, entenda o que representa o Afropunk a cultura negra espiando o vídeo mais abaixo, e comece a se organizar pra marcar presença no “Brasil Afropunk Festival”, embora o AFROPUNK, ainda não tenha oficialmente confirmado a realização do evento no Brasil.
A proposta do Afropunk é promover a liberdade, a transformação social e ser referência para moda, arte, economia criativa e empreendedorismo negro o que vem atendendo muito bem sua missão nos países que evento ocorre anualmente, e além do reconhecimento ao cumprimento da proposta é reconhecido pelo incrível line-up.
O nascimento do AFROPUNK aconteceu após a produção de documentário homônimo ao Festival produzido por Matthew Morgan (co-fundador do evento), em que o filme retratava jovens negros da cena punk-indie e rock-hardcore trazendo entrevistas e o street style dos estilosos protagonistas. O DOC. foi recebido calorosamente pela comunidade, o que inspirou Matthew a produzir em 2005 a primeira edição anual do Afropunk Festival. O primeiro Festival aconteceu em Nova York no Brooklyn Academy of Music (BAM), e veio celebrar e unir essa comunidade que havia se fortalecido com o documentário em torno de música. O festival existe há 14 anos e atualmente é realizado em Atlanta e Nova York, nos Estados Unidos; em Paris; Londres e Johanesburgo, na África do Sul.
E a ideia em trazer o manjar dos festivais ao Brasil foi do próprio Matthew Morgan, que esteve no carnaval baiano e identificou nosso público a cara do evento por celebrar a cultura e música negra. E no deslumbre do gringo em meio ao axé carnavalesco, iniciaram as negociações para realização do festival na Bahia.
E pra quem se animou com a parada toda, antes do Festival baiano, os paulistanos serão presenteados com show de edição local, que para alguns entendedores poderá entrar para história. A edição terá shows com um rol de artistas de cair o queixo que vão de BaianaSystem, Baco Exu do Blues, Rincon Sapiência, Aya Bass, Luedji Luna, Xênia França e Larissa Luz, Karol Conka, Young Piva, Gabz, Batekoo até o DJ de Nova York MikeQ.
Uma das missões e inovação da edição paulistana que trará o nome do festival, é a criação de espaços mais seguros para a comunidade de negros em todas as suas interseções – mulheres, homens, LGBTQIA+, deficientes, idosos e pessoas trans de todas as formas e tamanhos deverão sentir se poderosos, afirmados e liberados. O show em São Paulo deve ser uma parceria com a Feira Preta, que completa seu 18º aniversário em 2019. E os dias para realização em 19 e 20 de novembro foram escolhidas, segundo o festival, para coincidir com o Dia da Consciência Negra, que celebra Zumbi dos Palmares, morto em 20 de novembro por membros do exército português após um ataque ao refúgio de escravos em fuga Palmares, em 1695. Será a primeira vez que Luedji Luna, Xênia França e Larissa Luz cantam juntas em São Paulo no feat Aya Bass, que carrega o nome dado às orixás do sexo feminino (yabás).
O Show denominado “Black To The Future” que ocorrerá na capital paulistana tiveram os valores divulgados para o primeiro lote em R$ 80 (inteira) para um dia show e R$ 120 para os dois dias de shows (estudantes pagam meia).
Shows do 19 de novembro: BaianaSystem; Aya Bass com Luedji Luna, Xênia França, Larissa Luz; Karol Conka; Rincon Sapiência; Batekoo, MikeQ; House of Black Velvet; Aisha Mbikila
Shows do dia 20 de novembro: Baco Exu Do Blues; CeloDut; DKVPZ; Gabz; Young Piva.
Só vai.
