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terça-feira, 03 outubro 2023
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Aluno racista do Mackenzie é finalmente expulso

Durante as eleições de 2018, Pedro Baleotti apareceu em um vídeo dizendo “a negraiada vai morrer”, com o rosto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) estampado em sua camiseta.

Não demorou muito para que o protagonista do vídeo fosse identificado como aluno de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que entrou com a expulsão do aluno, mas foi impedida por uma decisão liminar.

Na época, manifestações foram realizadas por alunos da universidade para que Pedro finalmente respondesse pelos seus atos, que além de configurado como crime previsto em lei, feria ainda o regimento da instituição.

Nesta sexta-feira (25), foi finalmente publicado nas redes sociais do Coletivo de Negros Afromack um documento que aplica a sanção disciplinar de desligamento da universidade ao então estudante de Direito, junto ao desabafo do coletivo que lutou incessantemente pela expulsão de Baleotti.

“Após mais de seis meses de luta, buscando todas as soluções possíveis, muitas vezes até perdendo noites de sono e prejudicando nossa saúde psicológica devido ao medo de retaliações, finalmente podemos ver o direito à vida ser colocado como uma prioridade, de acordo com o que assegura a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Todos nós temos o direito de ir e vir sem temer perder a vida apenas pela cor de pele. De fato, todas as vidas importam, mas não é sempre que as vidas negras são tratadas com a mesma importância das outras, e não descansaremos até que esses momentos de exceção sejam regra”, diz a nota publicada.

Além do desabafo, o coletivo agradeceu o apoio da Reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Faculdade de Direito do Mackenzie, da EDUCAFRO e do advogado Flávio Campos, homem negro que apoiou o coletivo juridicamente durante o processo.

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