Cantor, compositor e performer, Siamese tem como identidade de seu trabalho o dedo na ferida. Dessa vez, não foi diferente: o artista paranaense traz, com muita sensibilidade, um recado ao público LGBTQI+, na luta contra padrões heteronormativos dentro do movimento que luta por sua própria existência.
“Afeminada ou discreta/a fluorescente quando quebra/ela vai atingir o teu ser/Repense teu close”. É com esses dizeres que “Close da Bee” inicia uma série de discussões sobre estereótipos que pairam sobre a estética dessa comunidade, cobrando união para construir revolução.
Munido de gírias populares entre a população LGBTQI+, Siamese traz a importância de seus significados também enquanto produto cultural, bem como a identidade de seu trabalho.
Close = Atitude, modo de agir com outra pessoa. Interpretação negativa ou positiva depende do contexto.
Bee = Pessoa.
Lacre / Lacração = Ação de fazer algo bem feito.
Flopada = Sem ser vista.
Mana = Irmã, amiga.
Mana barbie = Irmão, amiga afeminada.
Bad = Triste.
Quica = Dançar, rebolar com a bunda ate o chão.
Cause = Chamar a atenção.
Bonde = Grupo de pessoas.
Confira o clipe, produzido de forma independente, com direção de fotografia de Henrique Marques e Willian klimpel, Beauty é por Amanda Beatriz Farias, dona do salão afro CWBraids, em parceria com a maquiadora Fernanda Benevides, bodypaint pelo ilustrador Douglas Reder e produção artística e executiva por Siamese e Willian Klimpel que coordenam as produções, além de receber o apoio no Stylist, o qual conta com produção de moda por Andrei Lira, das marcas: Transmuta, Clube Melissa e Epifanyas.