Você já sonhou em trabalhar com a indústria audioviosual? Ainda que sua resposta seja afirmativa, tem poucas chances de você ter tido esse sonho numa posição atrás das câmeras. Se sonhar em fazer parte do elenco de uma novela (e não estamos nem falando de protagonismo ou de novelas que não sejam sobre escravidão, hein) já era um sonho muito mais distante do que nos dias atuais, imagina cursar o ensino superior num curso de audiviosual ou ainda ser o detentor de um dos meios de produção do campo: ter a sua própria produtora. É justamente sobre esses tipos de desafios que conversam o fotógrafo e cineasta Yago Rodrigues e o produtor e diretor audiovisual Anderson Jesus.
Monique Evelle comanda o podcast “Caminhos Intuitivos”
A inclusão de profissionais pretos no mercado audiovisual
No episódio #74 do podcast Papo Preto, Yago Rodrigues recebe Anderson Jesus numa breve conversa (salve pra quem gosta de podcast curto, meia horinha) entre amigos: os dois já se conhecem e tem experiências em comum para compartilhar sobre suas entradas no mercado audiovisual.
Anderson fala brevemente sobre sua entrada no ensino superior através de ações afirmativas, de sua formação inicial de ator e dos sacrifícios que teve que fazer para começar sua produtora há mais de 10 anos. Ele conta que, ao ingressar na faculdade, apenas 3% do grupo discente era composto por pessoas negras e, deste montante, apenas 1% (que no caso era ele mesmo) permaneceu no curso até o final. Os dois dialogam sobre as grandes dificuldades do ingresso no ramo, mas sobre as mudanças no mercado e sobre o que esperar do futuro.
Uma pergunta que sempre aparece quando tratamos de pessoas e histórias pretas e o audiovisual é: quem é que pode, ou melhor, quem tem condições de contar essas narrativas? Na série de lives que fizemos no início da pandemia, por exemplo, ouvimos diferentes perspectivas (afinal, sim, somos plurais, logo não temos um pensamento unificado), como as de Marton Olympio e Eddie Coelho.
Se esse é um assunto que te interessa, corre lá pra ouvir o podcast porque essa resposta a gente não vai dar, não.