O sambista Neguinho da Beija-Flor falou novamente sobre a morte do seu neto, Gabriel Marcondes, de 20 anos, que morreu ao ser baleado junto de três pessoas em um baile funk em Nova Iguaçu. Ele associou a morte do neto ao racismo no Brasil e contou que pretende ter sua filha estudando no exterior. Ele também relatou casos de racismo que ele sofreu em viagens de avião.
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“No avião já teve pessoas que trocaram de lugar. Foi lá e cochichou com a comissária se não tinha outro lugar. Você vê que o cara vai ali na viagem o tempo todo do meu lado mal-humorado”, comentou o sambista.
“Vou atender aqui um pedido da minha esposa, quero a nossa filha estudando fora. Infelizmente, criar filho no Brasil com essa violência, principalmente sendo negro. Eu já tive um filho baleado na porta da faculdade há 20 anos”, completou.
“Uma blitz, né, na esquina tem dez parados, um é pretinho, é a primeira coisa onde a blitz vai atingir, depois vai revistar os outros”, exemplificou enquanto fala sobre como o racismo no Brasil funciona.
O neto de Neguinho da Beija-Flor morreu enquanto montava uma barraca para um baile funk no Morro da Bacia. Segundo Neguinho, Gabriel trabalhava com montagem de eventos.