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terça-feira, 03 outubro 2023
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Estreia de Halle Berry como diretora é vendida por 20 milhões

E a primeira (e única) atriz negra a ganhar um Oscar como atriz principal não quer parar por aí.

“Bruised”, filme que teve a estreia da ex-modelo, atriz e agora diretora Halle Berry como diretora essa semana no Festival de Cinema de Toronto, foi vendido para a Netflix por 20 milhões de dólares (aproximadamente 105 milhões de reais). O filme conta a história de uma lutadora de MMA que tenta retornar à glória tanto em seu papel de atleta como em seu papel de mãe.

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Em entrevista a Variety, Berry passou 90 minutos falando exclusivamente de sua carreira. Durante a conversa, falou sobre diversos temas, como o fato de ter ganho, em 2002, o primeiro Oscar entregue a uma atriz negra como atriz principal por sua atuação no filme independente A Última Ceia – pareceu ser um momento que abriria portas, mas que isso nunca aconteceu. Quase uma década depois, nenhuma outra atriz recebeu o prêmio. Em seu discurso, Berry disse ter aberto a porta para cada “mulher de cor sem rosto e sem nome”. Apesar de seu discurso já ter sido assistido cerca de 5 milhões de vezes no YouTube, ele mudou. “Só porque ganhei um prêmio não significa que, magicamente, no dia seguinte, havia lugar para mim”, ela afirmou. A atriz também diz que se questiona: “Será que aquele momento foi importante ou foi só um momento importante para mim?”

Isso porque, depois de receber a maior premiação do cinema, os papeis pararam de aparecer. Com isso, houve também o fracasso de Mulher Gato, que Berry diz ter reconhecido, desde o princípio, que não parecia certo. Seu papel veio depois de sua atuação em James Bond, onde havia rumores sobre a produção de um spin-off, mas ela diz que, naquela época, ninguém estava preparado para fazer um grande investimento em uma produção liderada por uma mulher negra como atriz principal. Ainda sobre Mulher Gato, ela diz: “Eu me lembro de discutir ‘Por que a mulher gato não pode salvar o mundo como o Batman ou o Super Homem fazem? Por que só estão salvando as mulheres de um creme que destrói suas peles? Mas eu só tinha sido contratada para atuar. Tinha pouco envolvimento.”

Já em seu papel como diretora, as coisas mudaram. Berry também atua no filme que dirige e diz que sua própria atuação se mostrou um desafio, já que o papel havia originalmente sido escrito para uma pessoa branca. Após convencer a equipe, saiu em busca de um diretor, mas não estava satisfeita com as pessoas que estava entrevistando. Foi aí que sua parceira de produção, Elaine Goldsmith-Thomas, sugeriu que ela mesma dirigisse o filme. Após sua estreia, ela diz: “Eu posso projetar o que quero dizer. Como atriz, eu sempre apareço e faço minha parte e só posso fazer aquilo que posso fazer. Sendo diretora, tenho participação na totalidade de cada departamento. Posso ter uma voz. Isso foi diferente e eu amei.”

E Berry não quer parar por aí. Ela diz ter mostrado o filme ao diretor, produtor, roteirista, ator e professor Spike Lee, que foi o primeiro a contratá-la para um papel de atuação, que disse: “Você fez um filme.”

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