O racismo é a ferramenta de controle sistemático, em que milhares de negros e negras tiveram seus nomes tirados da história e suas conquistas roubadas
A visibilidade de personalidades negras do passado está vindo à tona e grande parte desse movimento de reparação histórica está ocorrendo nas redes sociais, onde se tem abrangência de público e talvez o alcance necessário para levar essa discussão para dentro das salas de aula de forma efetiva. A atriz Cintia Rosa, juntamente com o professor de história e administrador da página Negrociando História, Flávio Henrique estão realizando o projeto chamando de: “O que eu não aprendi na escola.”
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O projeto uma série de vídeos pelo IGTV que são postados semanalmente e acontece por meio do Instagram da atriz e da página de Flávio Henrique. Cada episódio traz um personagem, que são retratados como heróis e heroínas. O episódio de abertura foi para contar a história de Esperança Garcia, mulher negra, escravizada que, por uma sorte do destino, foi alfabetizada aos 19 anos e escreveu uma carta de denúncia contra todos os maus tratos sofridos. Esse documento é o que chamamos hoje em dia de petição e é uma forma de democracia. O aprofundamento e reconhecimento da luta de Esperança é importante para desmistificar a ideia de que o povo negro cedeu para a escravidão, cada um com suas armas.
Nomes como Maria Felipa de Oliveira, líder da resistência contra a monarquia na Bahia que chegou a comandar 40 mulheres para a defesa das praias, Luísa Mahin, Harriet Tubman, Mercedes Baptista, Maria Firmina dos Reis, Rosa Parks, Teresa de Benguela, Luiz da Gama e entre outros compõem a série de episódios. Com vídeos são curtos, didáticos e com uma linguagem universal, Cintia conta as histórias de forma emocionante, com destaque para os pontos mais relevantes. Recentemente, Cintia ocupou a rede social do ator Bruno Gagliasso, onde o episódio sobre Esperança Garcia foi divulgado no Instagram de Bruno. Para conferir o projeto é só acessar https://instagram.com/rosa_cintiarosa?igshid=5kguyga24wlq
Não se esqueça de conferir a página Negrociando História, que produz um conteúdo importante para o debate do apagamento histórico. Com toda essa movimentação nas redes, é possível acreditar na construção de um ensino sem racismo e sem apagamento histórico. Uma conquista recente foi o reconhecimento da OAB com a criação do “Prêmio Luiz da Gama”, que visa homenagear pessoas e entidades que se destacam no combate ao racismo. Além disso, foi aprovada a obrigatoriedade da autodeclaração de cor e raça na inscrição nos quadros da Ordem.
https://instagram.com/negrociandohistoria?igshid=cmem822al4lo