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terça-feira, 03 outubro 2023
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77 anos da morte de Marcus Garvey

 

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Nasceu na Jamaica, morreu em Londres. Seu legado, no entanto, alcançou o mundo. O primeiro herói jamaicano trabalhou numa gráfica durante a juventude e, mais tarde, publicou um pequeno jornal. Parecia simples feito, mas era, na verdade, o primeiro passo de uma trajetória reconhecida mundialmente.

Marcus Mosiah Garvey viajou o mundo, tanto em vida quanto em morte. Observou as condições de vida e trabalho dos negros, e deu um grito de resistência. Entendeu que a primeira abolição, por si só, não era suficiente. Assim, liderou o maior movimento de descendentes africanos que pregava a redenção da África.

Foi Garvey um dos responsáveis pela causa do continente africano enquanto um único povo para alcançar a autonomia histórica, cultural, social e econômica dos negros em diáspora. Dessa luta foram desenvolvidas as guerras contra o colonialismo, além do autorreconhecimento e o protesto contra o preconceito.

Foi em prol dessa causa que o herói jamaicano fundou em seu país de origem, em 1914, a Universal Negro Improvement Association (UNIA), em 1914. Dois anos depois, Garvey foi aos Estados Unidos dissipar sua luta, quando foi desaprovado, preso e deportado. Quando retornou à Jamaica, constituiu o chamado Partido do Povo e não teve êxito nas eleições.

O herói jamaicano dedicou toda sua vida à causa negra. Católico, Garvey relacionava a história da diáspora negra à história das tribos que se perderam de Israel quando foram vendidas aos senhores da Babilônia. Dessa metáfora, surgiu a tradição presente principalmente no reggae, inclusive músicas de Bob Marley: um rei negro seria, um dia, coroado no continente africano e direcionaria os negros de todo o mundo à mãe África.

Embora tenha sido Rastafari Makonnen, rei da Etiópia em 1930, dez anos da morte de Garvey, o considerado “conquistador da tribo de Judá”, os negros em diáspora não foram unificados em seu reinado. O primeiro jamaicano a receber o título de herói nacional, no entanto, se transformou em ícone mundial da filosofia de união dos povos africanos em diáspora. Partiu, em 10 de junho de 1940, um dos pais do orgulho negro. 

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