Thelminha Assis está na final. A única participante anônima, uma mulher negra, médica, apaixonada por samba, que já brigou por racismo e que adora uma festa.
Numa edição em que o machismo e o racismo foram predominantes, ainda que o segundo de forma velada e muito bem estruturada, nada mais justo do que uma mulher negra na final.
Thelminha contou sobre as dificuldades de se tornar quem se tornou, sobre a realização de um casamento como sempre sonhou, da luta para se tornar médica e dos ataques racistas que vive diariamente.
A médica trouxe debates importantes e, em muitos momentos, não teve suas falas reconhecidas como a de outras mulheres – brancas.
Infelizmente, Thelminha, alguém que lutou tanto para estar onde está, tem poucas chances de ser a vencedora contra duas mulheres famosas e com muitos seguidores.
Nesta segunda-feira (27), quando a final acontecer, o Brasil verá qual intolerância tem mais ou menos peso na televisão. Infelizmente. Porque durante o programa, o peso não foi o mesmo para o machismo e o racismo.