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terça-feira, 03 outubro 2023
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“Queria ser a Shonda”, revela Lázaro Ramos

Foto: Reprodução/Julia Rodrigues/Cosmopolitan
Foto: Reprodução/Julia Rodrigues/Cosmopolitan

Com 38 anos de idade, Lázaro Ramos assume, na vida real, o papel que mais lhe cabe: de quem se preocupa com os contextos sociais e, conforme o possível, combate o racismo a partir do espaço alcançado. O ator, que retorna com a nova temporada de Espelho, no Canal Brasil, e tem abrilhantado a televisão brasileira na nova temporada de Mister Brau (Globo) fez grandes revelações durante entrevista à Nova Cosmopolitan, da Editora Abril.

Lázaro, que em junho lança seu primeiro livro adulto “Na Minha Pele (Objetiva)” abordando construção identitária por meio de crônicas poéticas, biográficas e ficcionais, declarou ser muito sedentário: “Quando faço atividade física, é para algum personagem”. O ator revelou ainda ser péssimo com estilo, explicando que em cada look incorpora um personagem diferente: tem funcionado bem!

Apesar disso, o futuro diretor – isso mesmo, Lázaro pretende dirigir seu primeiro filme até o início do ano que vem -, admite ser bastante vaidoso e já não ter problema em assumir isso. Difícil mesmo deve ter sido assumir o posto de uma das maiores referências da televisão brasileira, considerando a timidez que fazia parte de sua vida. “Era muito tímido no colégio, mas, quando fazia uma peça, me soltava”, lembra o ator que começou a carreira em 1988, inclusive participando de concursos de lambada.

Com muito carinho, o ator fala ainda da relação com outra referência da televisão brasileira, sua companheira, Taís Araújo: “Há horas que não tem que falar, mas dar abraço, apoio”, explicou sobre a necessidade de compreender o lado do outro e de se sensibilizar sobre o que, quando e como expressar. Com irreverência, Lázaro comentou ainda que ele e Taís sempre se falam por WhatsApp, porque têm muito assunto.

No entanto, apesar de toda a descontração da entrevista, nem tudo são flores e surgiu um assunto delicado. Sobre a profissão, ele se sente grato por encenar personagens que não são preparadas para ele e, portanto, fogem dos estereótipos geralmente representados na televisão. Ainda mais a fundo, na questão do racismo, o ator declarou não evitar o tema. “Não é um assunto só dos negros, as pessoas têm que estar juntas. No meu exercício como ator, entrevistador, escritor, sempre quero que mais pessoas escutem sobre o tema.”

Dando importância ao tom que se estabelece durante as conversas com o público, assumindo posturas mais acolhedoras ou mais incisivas, o ator declarou usar todo recurso possível, desde piada até poesia como forma de engajar as pessoas na luta contra o racismo que, diferente do que se imagina, não é uma luta só dos negros, mas de toda a sociedade. Finalizando sua fala, Lázaro Ramos mostrou que é gente da gente e também admira gente do bem: “Queria ser a Shonda [Rhimes], é minha meta”, declarou. E quem não queria, não é mesmo?

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