Na última quinta-feira (05), PE$TE lançou seu primeiro clipe em todas as plataformas digitais. Com participação de Nego Gallo, Caminhei na Guerra é um grito de liberdade e retrata a sobrevivência em meio à criminalidade e ao sistema carcerário, onde PE$TE ficou retido por tráfico de drogas.
A partir da relação entre guerra e fé, o clipe foi filmado numa igreja abandonada, que em muito se aproxima das relações de ressignificação às quais PE$TE foi inserido depois de seu tempo recluso.
“A música retrata uma fase de fortificação, fé e corres. Eu busquei retratar essa fase e sintetizar os sentimentos de fé, ódio e esperança, filmando em uma antiga igreja em ruínas. Um local que foi construção, se tornou templo e findou em bases e pilares que servem para uma nova construção e significado”, explica Jéssica Braga, diretora do clipe, sobre o conceito da obra.
Com produção musical de Charas Beatz, mixagem e masterização por Rodrigo Locaute e produção executiva da ME.DO, Caminhei na Guerra reúne vozes de duas diferentes capitais do Brasil, São Paulo e Fortaleza, que cantam resistência em meio às realidades violentas que vivem.
“Não tem como, é um bagulho que arrepia. Não sei explicar. Num dia eu tava na praça, fumando um beck e ouvindo o som do cara. Anos depois, eu tenho um som com o cara que eu fico fumando um beck ouvindo. Nem sei o que dizer. Nem encontro palavras. Não é à toa que eu chamo ele de mestre”, se emociona PE$TE ao falar sobre o feat com Nego Gallo.
Depois do videoclipe, PE$TE lança Notas, álbum que reúne 7 músicas sobre tráfico, violência, liberdade e resistência, inspirado na sua própria história e de seus amigos, com foco no que já fizeram para sobreviver. Finalizado em 2017, o trabalho conta ainda com a participação de Aruan Aleixo, irmão do rapper.
“É um álbum como livro de histórias”, diz PE$TE ao explicar que o enredo de Notas é inteiramente baseado em fatos reais, com personagens reais, cujo tom é o mesmo: o crime e seus efeitos.
Confira: