Em entrevista ao site ‘O Globo’, divulgada no último final de semana, a atriz com mais de 20 anos de carreira, Taís Araújo abordou principalmente negritude e feminismo. A artista contou, dentre outras coisas, ter se tornado negra: “A gente nasce neste país para tentar ser outra coisa, o que somos não é aceito. Não vê as meninas alisando o cabelo?”. Assumir a identidade, no Brasil, é um longo e doloroso processo, tanto pelas diferentes culturas que aqui se encontraram, quanto pelo racismo velado que transmuta a vivência da população negra.
Sobre feminismo, Taís indicou sua avó, Dona Maria Antônia que morreu aos 37 anos, como referência: “Ela era mãe de santo, uma mulher tão forte que até hoje falo dela como se a tivesse conhecido. Tanto que o nome da minha filha foi uma homenagem. Minha avó foi uma superfeminista, mas tenho certeza de que nem sabia que essa palavra existia.” Além disso, a mãe também representa um símbolo, porque sempre defendeu que as filhas fossem independentes de homem.
Junto às afirmações, a matéria que dá voz à uma das mais importantes artistas negras do Brasil, não trouxe apenas palavras: trouxe também imagens. Taís Araújo posou em meio a projeções da luta feminista e dos direitos civis, sob as lentes de Nana Moraes. Em cada foto, o olhar firme da mulher negra divide espaço com os punhos cerrados e as bocas gritantes de outras grandes mulheres. Ao que tudo indica, as imagens fazem parte de um ensaio de capa para o ‘Caderno Ela’.
A matéria também aproveita para anunciar a presença da global no evento “Elas por Elas”, uma iniciativa do Jornal O Globo, Editora Globo e Globo Condé Nast, que acontece no shopping VillageMall, na Barra, nos dias 31 de março e 1º de abril, dividindo a mesa “Preconceito em dose dupla: mulheres negras”, com a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, a ex-consulesa da França Alexandra Loras e a estudante de jornalismo Nathalia Santos.
Confira o ensaio:
