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terça-feira, 03 outubro 2023
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Música em Lisboa e a presença dos artistas negros

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Entre hoje e amanhã (1 e 2 de junho) acontece em Lisboa, Portugal, o MIL – Lisbon International Music Network, que reúne músicos portugueses e de outros países realizando um grande intercâmbio cultural. E como em Portugal há grande imigração africana, não faltarão artistas negros mostrando seus talentos. Por isso, se fala que terá muita música portuguesa e lusófona, significa que tem origem de países que falam o idioma português.

O MIL é idealizado e organizado pelo programador português Fernando Ladeira Marques, que mora atualmente na França e organiza também, o Paris do Mama Festival, um evento semelhante ao MIL. O evento português foi organizado em duas partes. Na primeira, os músicos, compositores, instrumentistas encontram produtores musicais, gravadoras, empresários e outros profissionais da indústria musical. E nesta, eles têm a oportunidade de fazerem seu Network, ampliando rede de contatos, possibilidades e participando de debates e discussões. A segunda parte consiste em apresentações musicais de vários estilos.

O TNM ficou curioso para saber quem são os músicos negros que estão na programação do evento musical que agita Lisboa e, com certeza, é um marco para o cenário musical mundial. Apresento-lhes alguns deles:

 

Celeste/Mariposa

apresenta seu AfroBaile com todo o suingue que contagia a todos para dançarem. O grupo é composto por Katuta Branka, nascido em Cabo Verde, e Wilson Vilares, de origem desconhecida e atual habitante de Lisboa. O som destes dois artistas mistura os estilos musicais de Cabo Verde e de Portugal.

 

Cachupa Psicadélica

é um projeto musical criado por Lula’s Alternativa Imaginário Cabo-verdiano, nome artístico de Luís Eugénio Gomes. Nascido em Cabo Verde e radicado em Portugal, o cantor convidou o guitarrista timorense Kay Limak e o percussionista português Jorge Machado para comporem o grupo. Para justificar a escolha do nome, o fundador explica “é aglutinador, tudo na mesma panela. É uma garantia de ser um projeto que, sendo do mundo, deixa bem claro onde estão as raízes que não dão o conforto da sombra mas que é a fundação. ‘Psicadélica’ fica ao gosto da jornada de cada ouvinte”. Seu estilo musical é descrito pelos integrantes como “música para fazer fotossíntese” ou “músicas estranhas de cabo verde”, o que nos leva à curiosidade de conhecer seu trabalho – e garanto – é uma grata surpresa.

 

 

Selma Uamusse 

A cantora que nasceu em Moçambique e vive em Portugal desde 1988, canta profissionalmente desde os 18 anos. Em suas músicas expressa sua raiz moçambicana desde os instrumentos e o ritmo, ao idioma em que canta, suas vestimentas e perfomances no palco. Sua energia transmite alegria e prazer em ouvir e dançar a música com influência moçambicana mixada a instrumentos eletrônicos. Seus shows também contam com a dança de seus instrumentistas moçambicanos e portugueses para tornar o ambiente ainda mais alegre e multicultural.

 

 
Aamar
 é DJ e instrumentista e mora em Luxemburgo. Ele irá animar o evento com seu som eletrônico, psicodélico e com forte influência do Soul e Hip Hop. Apesar da pouca idade, ele já participou de vários shows e festivais. Sem contar que arrasa no estilo.

 

Diron Animal

Como ele mesmo se denomina, é uma verdadeira máquina de fazer dança. O cantor é um dos vocalistas da Banda do Porto que faz uma junção de Kuduro com o hardcore. Inusitado? Pode até ser, mas tenho certeza que não conseguir ficar parado ao ouvir seu som. Em sua apresentação que acontece amanhã no MIL, Diron irá lançar seu primeiro CD solo, chamado Alone. Teremos que aguardar o lançamento para ter acesso ao som completo, mas nesta chamada abaixo já dá pra sentir que vai ser muito animado e dançante, fazendo nosso corpo ser levado pela influência do kuduro.

 

 

 

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