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terça-feira, 03 outubro 2023
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MPF processa Bolsonaro pelo discurso preconceituoso contra quilombolas

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Na última segunda-feira (03), o deputado federal Jair Bolsonaro foi palestrante no clube Hebraica, na zona sul do Rio de Janeiro. Durante o evento, o homem que integra, quase ao mesmo tempo, bancada da bíblia e bancada da bala, surpreendeu o público com declarações polêmicas contra as reservas indígenas e as comunidades quilombolas que lhe renderam um processo do Ministério Público Federal por discriminação.

Se condenado, Jair Bolsonaro – que afirmou ter visitado uma comunidade quilombola e “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”, declarando ainda que “nem para procriador ele serve mais” -, é obrigado a pagar indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos contra comunidades quilombolas e a comunidade negra.

O Ministério Público se pronunciou conjecturando que “o julgamento ofensivo, preconceituoso e discriminatório do réu a respeito das populações negras e quilombolas é incontestável”. Os procuradores Ana Padilha e Renato Machado, segundo a Folha de São Paulo, acrescentaram que as afirmações desumanizam a população negra, ao mesmo tempo que retira a honra e a dignidade quando o pré-candidato à presidência em 2018 associa pessoas negras à condição de animais.

Antes mesmo que o deputado, conhecido pelas falas polêmicas, se pronunciasse, os procuradores afirmaram ainda que “com base nas humilhantes ofensas, é evidente que não podemos entender que o réu está acobertado pela liberdade de expressão”, considerando que o discurso excede os limites constitucionais. Finalmente as declarações preconceituosas do político deixaram de ser opinião e foram reconhecidas como crime contra a honra, a imagem e a dignidade humana.

 

 

 

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