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Homem que diz ser filho de JAY-Z entra com pedido na Suprema Corte conseguir teste de DNA

Um homem que afirma ser filho de Jay-Z está acusando o rapper de abusar das leis americanas para evitar fazer um teste de paternidade.

Rymir Satterthwaite, de 30 anos, recorre à Justiça com sua família há mais de uma década para tentar provar que o rapper de 53 anos – que é marido de Beyoncé desde 2008 – é seu pai. Após ter sido dispensado por juízes diversas vezes, ele recorreu à Suprema Corte de Nova Jersey dos Estados Unidos em fevereiro, na esperança do caso iniciado em 2012 ser reaberto. Porém, a moção dele foi recusada: a corte defendeu que não tinha “jurisdição para reabrir questões no tribunal de apelações ou para abrir registros no tribunal de julgamento”.

Com isso, Rymir passou seu processo para Divisão de Apelação do Tribunal Superior de Nova Jersey. O caso está em análise novamente.

A mãe de Rymir, Wanda, alegava ter feito sexo com Jay-Z em 1992. Na época, o rapper tinha 22 anos e ainda não havia sequer lançado seu primeiro álbum de estúdio, ‘Reasonable Doubt’ – o disco só veio em 1996. Já Wanda tinha 16 anos vivia um relacionamento de idas e vindas com Robert Graves, que ela conhecia da sua escola.

Como o suposto romance com Jay-Z terminou rápido e houve uma reaproximação com Robert, Wanda decidiu registrar Rymir com o nome do então namorado. Porém, conforme os anos se passaram, a família notou que o menino não se parecia nada com o homem registrado como seu pai em documentos. Assim, quando Rymir fez oito anos, sua mãe lhe disse que ele era, na verdade, filho do artista vencedor do Grammy.

Wanda, que acabou falecendo em 2016, só buscou a Justiça em 2010, quando passou a enfrentar um problema grave de saúde. Inicialmente, ela pediu que um tribunal da Pensilvânia fizesse Jay-Z e Robert Graves fizessem um teste de DNA, insistindo que só havia tido relações sexuais com os dois homens na época em que engravidou de Rymir.

Robert aceitou fazer o exame e acabou comprovando que não era mesmo o pai biológico do filho de Wanda. Com isso, seu nome foi removido dos documentos de Rymir.

Rymir Satterthwaite — Foto: Instagram

Rymir Satterthwaite — Foto: Instagram

Já em 2011, Wanda entregou a custódia de Rymir à madrinha dele, Lillie Coley, devido ao seu estado de saúde. Ela também encarregou a mulher de levar adiante a batalha judicial envolvendo o rapper famoso. Assim, nesse mesmo ano, Lillie contatou a advogada de Jay-Z, Lise Fisher, para lhe pedir um exame de paternidade em Nova Jersey, onde Wanda e o artista teriam se conhecido. Porém, o pedido foi ignorado.

Assim, Lillie e Rymir entraram com um processo contra o rapper em 2012. O caso iniciou com um pré-julgamento no Condado de Camden em agosto daquele ano, e teve a equipe legal do artista argumentando que a madrinha de Rymie não teria “jurisdição” sobre seu caso porque ele havia sido aberta pela primeira vez por Wanda na Pensilvânia. Além disso, advogados de Jay-Z defenderam que o processo não podia ser levado adiante pelo fato de Rymir ter mais de 18 anos no pré-julgamento – de acordo com a lei estadual da Pensilvânia, a paternidade deve ser estabelecida antes da criança se tornar maior de idade.

Este segundo argumento foi recusado pela corte, que defendeu que o caso deveria seguir as leis de Nova Jersey, onde a idade máxima para se verificar a paternidade é 23 anos. Assim, os representantes de Jay-Z surgiram com um novo empecilho: eles disseram que seu cliente não morava em Nova Jersey e nem possuía residências no estado americano – apesar de matérias jornalísticas apontarem o contrário – e, por isso, estaria isento de fazer um teste de DNA no local.

No fim, essa última justificativa levou o júri a indeferir o pedido de Rymir e Lillie. Mas a dupla apelou do veredito e apresentou escrituras de propriedade e registros fiscais na tentativa de provar que Jay-Z tinha, sim, propriedades em Nova Jersey sob seu nome verdadeiro e o de seus familiares mais próximos. O caso foi retomado em dezembro de 2012; mas a defesa do rapper se saiu vitoriosa novamente, após afirmar que Rymir não havia conseguido provar que o “Shawn Corey Carter” (nome verdadeiro de Jay-Z) dos documentos tratava-se mesmo do artista, e não de outra pessoa com o mesmo nome.

Rymir Satterthwaite — Foto: Instagram

Rymir Satterthwaite — Foto: Instagram

Rymir decidiu abrir uma ação civil contra Jay-Z e sua advogada em dezembro de 2014 – ocasião esta em que a equipe do artista voltou a insistir no argumento de que ele não tinha propriedades em Nova Jersey. O pedido de teste de DNA, então, foi indeferido mais uma vez; e o caso acabou por ser selado pelo tribunal americano, o que impede o público de ter acesso aos arquivos da batalha judicial.

Em entrevista ao Daily Mail, Rymir disse ter gasto mais de US$ 20 mil com o processo, e espera que os documentos dele finalmente se tornem públicos – especialmente após ele sua madrinha apresentarem queixas de direitos civis ao juiz Glenn A. Grant e também ao procurador-geral de Nova Jersey, ao governador e a senadores do estado, e ao Conselho de Conduta Judicial da região. Eles alegam que houve por violações na forma como seu caso foi tratado pela Justiça americana.

Rymie também insistiu que seu objetivo com a batalha judicial é apenas ser validado. “Isso não vai acabar até que a justiça seja feita”, disse. “Eu só quero viver minha vida e, quando tudo estiver dito e feito, espero que Jay-Z queira fazer parte da minha vida, se essa for a vontade de Deus. Não vou parar de lutar por isso até vencer. E eu vou ganhar porque a lei está do nosso lado.”

Já os advogados do rapper afirmaram ao jornal britânico que as alegações de Rymir “foram previamente revisadas minuciosamente pelos tribunais e foram refutadas”. “Temos certeza de que esse será o resultado de quaisquer processos que o Sr. Satterthwaite esteja considerando atualmente”, acrescentaram.

Jay-Z divide três filhos com Beyoncé: Blue Navy, de 11 anos, e os gêmeos Rumi e Sir, de cinco.

Ele ainda não se manifestou publicamente sobre o caso de Rymir Satterthwaite.

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Thais Prado
Thais Pradohttp://www.todosnegrosdomundo.com.br
Remanescente de quilombolas, do quilombo da Caçandoca em Ubatuba, formada em Jornalismo, pós graduada em Comunicação Digital e Redes Sociais e formada em Diversidade e Inclusão Social em Direitos Humanos pela USP.
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