Aos 24 anos, Beà alcança cada vez mais prestígio como diretora musical. A prova disso é a indicação, pelo segundo ano consecutivo, ao Prêmio Shell, desta vez pelo espetáculo “Meus Cabelos de Baobá”, que está em cartaz às sextas e sábados às 20 horas no Teatro Laura Alvim até o dia 22 de dezembro.
“Sou de 95, e naquela época a grande febre era o Mamonas Assassinas, eu era fanática por aquela guitarra, aqueles sons.. E no auge dos meus 6 anos, já queria uma guitarra! Minha mãe me deu aos 11 anos uma e minha avó pagou aulas pra mim. Mas foi um homem preto, artista de rua, que me aconselhou a experimentar o violão primeiro. E a partir dali, tudo começou”, frisa.
Foi aí que Beà começou uma jornada que a transformaria em contrabaixista, sonoplasta, compositora e diretora musical, combinando suas habilidades autodidatas à experiência com mentores como a musicista e professora comunitária Regina Rocha e o produtor Marcelo Daguerre.
No percurso cheio dos preconceitos de raça, gênero e faixa etária, Beà encontrou a si mesma dentro de sua própria ancestralidade, trazendo os tambores do candomblé, o minimalismo do blues e a singularidade do samba e do funk, por exemplo. Muito boa sorte, Beà!