Conforme decisão publicação no Diário Oficial, a Unesp expulsou 27 alunos por fraude no sistema de cotas raciais. Os estudantes se autodeclararam pretos ou pardos para entrar no espaço acadêmico, fazendo uso de uma política pública que visa reparar danos causadora por um sistema racista.
A denúncia sobre a fraude foi feita há dois anos pela Educafro, instituição que promove inclusão da população negra no ensino superior. Desde então, os casos foram averiguados pelas autoridades competentes, de acordo com princípios estabelecidos em acórdão do Supremo Tribunal Federal, baseado em fenótipo para validar as autodeclarações.
A Unesp, que não pretende agir juridicamente contra nenhum aluno, afirma que seguirá aferindo a veracidade das autodeclarações para construir um sistema cada vez mais justo e de inclusão social.
Adentrar o espaço acadêmico é um grande obstáculo para alunas e alunos negros. Permanecer na universidade é outra dificuldade. Graças a políticas públicas como as cotas raciais, as salas de aula têm sido frequentadas por gente de pele escura. Que esse direito não seja tirado, menos ainda fraudado por quem sempre teve privilégios.